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Relatório indica que Mark Zuckerberg foi quem alertou sobre ameaça do TikTok

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Um relatório divulgado por um importante jornal Norte Americano, indica que Mark Zuckerberg foi quem alertou Trump em particular sobre as possíveis ameaças do TikTok.

O CEO do Facebook, destacou a ameaça de empresas de internet chinesas enquanto trabalhava para regulamentar sua rede social nos EUA.

O Wall Street Journal informou no domingo (23), que Zuckerberg usou uma reunião privada realizada na Casa Branca em outubro de 2019 com o presidente Donald Trump e senadores para levantar bandeiras vermelhas sobre a ameaça do aplicativo TikTok.

"Mark Zuckerberg argumentou ao presidente Trump que a ascensão das empresas chinesas de internet ameaça os negócios americanos e deveria ser uma preocupação maior do que controlar o Facebook", relatou o jornal WSJ.

Em outubro do ano passado, Zuckerberg já havia expressado seus temores com relação a liberdade de expressão na internet em uma reunião com alunos da Universidade de Georgetown. Onde ele destacou "as menções a protestos censuradas no TikTok", mesmo nos Estados Unidos.

"Ele não compartilha do compromisso do Facebook com a liberdade de expressão e representa um risco para os valores americanos e a supremacia tecnológica", disse Zuckerberg aos alunos.

De acordo com o jornal, foi após a reunião com o CEO do Facebook que o governo começou a se preocupar com os riscos do TikTok.

Em seguida, Tom Cotton, senador republicano e Chuck Schumer, o democrata mais graduado no senado, escreveram uma carta aos funcionários da inteligência exigindo uma investigação sobre as atividades do TikTok.

O resultado disso acabou levando a uma revisão de segurança nacional da empresa responsável pelo aplicativo, Bytedance.

Por outro lado, a empresa-mãe chinesa do TikTok, vem mirando o Facebook há algum tempo, principalmente sobre as acusações de uso indevido da política americana.

Em julho deste ano, o CEO da TikTok, Kevin Mayer, respondeu o Facebook dizendo que o TikTok dar boas-vindas a concorrência, mas apenas se for de maneira justa. No mês passado, o Instagram anunciou seu concorrente do TikTok, Reels, e já encontrasse vinculado a plataforma.

"Achamos que a concorrência justa nos torna melhores. Para aqueles que desejam lançar produtos competitivos, nós dizemos, tragam. O Facebook está até lançando outro produto imitador, Reels (vinculado ao Instagram) depois que seu outro imitador Lasso falhou rapidamente", escreveu Mayer em uma postagem no blog.

"Mas vamos concentrar nossas energias na competição justa e aberta a serviço de nossos consumidores, ao invés de difamar ataques de nosso concorrente ou seja, o Facebook disfarçado de patriotismo e projetado para acabar com nossa presença nos Estados Unidos", acrescetou.

Após vários dias de polêmicas e trocas de acusações, no início deste mês, Trump assinou uma ordem executiva bloqueando todas as transações nos EUA com a ByteDance Ltd., a partir de 20 de setembro, por considerar o TikTok uma potencial ameaça a segurança nacional.

O pedido exige que a Bytedance venda seus ativos nos Estados Unidos, alegando preocupações com o manuseio de dados do usuário.

No entanto, um porta-voz do Facebook em um comunicado na segunda-feira disse que Zuckerberg nunca encorajou a proibição do TikTok.

"Zuckerberg disse várias vezes publicamente que os maiores concorrentes das empresas de tecnologia dos EUA são as chinesas, com valores que não se alinham com ideais democráticos como a liberdade de expressão. É ridículo sugerir que preocupações de longa data com a segurança nacional levantadas por legisladores em ambos os lados do corredor foram moldadas apenas pelas declarações de Mark", disse o porta-voz do Facebook.

Fonte: Techworm WSJ