Meta tenta contratar funcionário com oferta de US$ 1 bilhão – e leva um "não"

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Nos bastidores do setor de inteligência artificial (IA), Mark Zuckerberg, CEO da Meta, teria feito uma proposta de US$ 1 bilhão para tentar contratar um talento da Thinking Machines Lab, startup criada por Mira Murati, ex-diretora de tecnologia da OpenAI.

Mas, para surpresa de muitos, a oferta foi recusada. Segundo uma matéria da revista Wired, a Meta está em uma verdadeira corrida para atrair os maiores especialistas em IA do mundo.

Recentemente, a empresa lançou seu novo laboratório de superinteligência artificial, e para isso vem oferecendo salários fora da curva — valores que chegam a ultrapassar o que muitos presidentes de grandes empresas recebem.

O alvo mais recente da Meta foi a Thinking Machines Lab (TML), uma empresa avaliada em cerca de US$ 12 bilhões e fundada por ninguém menos que Mira Murati, ex-CTO da OpenAI, responsável por projetos como o ChatGPT.

Zuckerberg chegou a oferecer entre US$ 200 milhões e US$ 1 bilhão para um dos profissionais da TML. A quantia seria paga ao longo de quatro ou mais anos, como parte de uma estratégia agressiva de captação de talentos.

Um porta-voz da Meta confirmou que as ofertas foram feitas, mas alegou que "os detalhes estavam distorcidos", sem explicar exatamente o que estava incorreto. Mesmo com cifras tão altas, os profissionais da TML disseram "não".

O principal motivo disso seria preocupações com a cultura de trabalho na Meta e com os objetivos do novo laboratório de superinteligência da empresa. Essa história revela que quem está dentro do universo da IA quer mais do que um bom salário.

Muitos desejam trabalhar em projetos que realmente impactem o futuro da tecnologia — como a criação de uma superinteligência artificial geral (AGI) — e não apenas em soluções comerciais voltadas para redes sociais.

Há também uma resistência à ideia de desenvolver sistemas de IA que, no fim das contas, acabem sendo usados em plataformas como Instagram ou Facebook.

Isso gera um certo receio de que todo o investimento da Meta em IA seja apenas mais uma forma de gerar lucro, sem foco em inovação de verdade.

Outro fator que pesou na decisão foi a presença de Alexandr Wang, fundador da Scale AI, empresa da qual a Meta comprou 49% em junho.

Muitos profissionais se mostram preocupados em trabalhar sob a liderança de Wang dentro do laboratório de superinteligência.

Em uma entrevista recente ao site The Information, Mark Zuckerberg negou que sua empresa tenha oferecido pacotes de US$ 200 milhões para recrutar engenheiros e pesquisadores de IA.

Porém, ele admitiu que, como a Meta já investiu bilhões em infraestrutura de computação, faz sentido buscar os melhores profissionais do mundo.

Apesar da negativa, as informações sobre propostas milionárias continuam circulando, e muitos especialistas veem esse movimento como um reflexo da nova guerra por talentos no setor de inteligência artificial.