A OpenAI está desenvolvendo um novo dispositivo de inteligência artificial em parceria com o famoso designer da Apple, Jony Ive. A ideia é criar um produto voltado ao público geral que possa, de certa forma, substituir o smartphone.
Esse projeto vem sendo chamado informalmente de "assassino do iPhone", já que pode mudar a forma como interagimos com a tecnologia e abalar o domínio da Apple nesse mercado.
Recentemente, surgiu a confirmação de que o projeto está avançando e que a Microsoft não terá mais nenhuma participação nas decisões sobre esse dispositivo.
Isso porque OpenAI e Microsoft renegociaram seu acordo de parceria, e o novo formato muda bastante a relação entre as duas empresas. Agora, a criadora do ChatGPT passa a ter mais autonomia e pode até abrir capital no futuro.
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O novo contrato define que o status de "Inteligência Artificial Geral" (AGI) da OpenAI será avaliado por um painel independente de especialistas, enquanto a Microsoft mantém alguns direitos de propriedade intelectual sobre tecnologias da OpenAI, mas sem poder interferir em produtos físicos voltados ao consumidor.
A OpenAI também ganha liberdade para desenvolver produtos com outros parceiros, sem depender da Microsoft. Do outro lado, a Microsoft pode continuar sua própria pesquisa em AGI.
Enquanto a OpenAI não tiver seu status de AGI confirmado oficialmente, ela ainda precisará compartilhar parte da receita com a Microsoft.
Além disso, o acordo prevê que a OpenAI compre cerca de 250 bilhões de dólares em serviços da nuvem Azure, mas a Microsoft perde o direito de prioridade em futuras licitações de infraestrutura da empresa.
O ponto que mais chama atenção do novo contrato é que "os direitos de propriedade intelectual da Microsoft agora excluem o hardware de consumo da OpenAI".
Em outras palavras, a Microsoft não poderá interferir nem ter influência sobre os dispositivos físicos que a OpenAI desenvolver, incluindo o aparelho criado em colaboração com Jony Ive. Em maio de 2025, a OpenAI comprou a startup de dispositivos de IA de Ive, chamada io, por 6,4 bilhões de dólares.
Segundo informações recentes, a OpenAI contratou cerca de duas dezenas de ex-funcionários da Apple para trabalhar no projeto, entre designers, engenheiros de hardware e especialistas em interface de usuário.
Entre os nomes estão Matt Theobald, que atuou no design de manufatura, e Cyrus Daniel Irani, que liderou o design de interface humana na Apple.
O dispositivo ainda não foi apresentado oficialmente, mas o que se sabe até o momento é que será pequeno, de bolso e sem tela.
Ele deve usar sensores como câmeras e microfones para entender o ambiente ao redor, rodando versões personalizadas dos modelos de IA da OpenAI diretamente no aparelho, com apoio da nuvem para tarefas mais pesadas.
O produto também será capaz de se comunicar com outros dispositivos, de modo semelhante ao que fazemos hoje com os smartphones, mas sem ter o formato de um wearable, como relógio ou óculos.
O projeto ainda é cercado de mistério, mas tudo indica que a OpenAI está tentando redefinir o papel da tecnologia no dia a dia das pessoas, propondo uma nova forma de interação sem depender de telas, aplicativos ou das estruturas tradicionais dos celulares.
