Queda nas entregas faz Tesla perder valor de mercado

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O banco de investimentos Baird decidiu reduzir sua previsão de preço para as ações da Tesla, alertando os investidores sobre possíveis dificuldades a curto prazo.

Antes, a projeção era de US$ 440 por ação, mas agora caiu para US$ 370. Apesar disso, o banco manteve sua recomendação de compra para os papéis da empresa.

Segundo o analista Ben Kallo, a Tesla está tendo dificuldades tanto na demanda quanto na produção de seus veículos.

Um dos fatores que pesa nessa análise é a reformulação do Model Y, que Elon Musk já havia mencionado como algo que poderia afetar a produção temporariamente.

Mesmo com esses desafios momentâneos, a Baird segue otimista no longo prazo e enxerga a Tesla como uma referência em inteligência artificial aplicada ao mundo real.

Para os investidores que pensam no futuro, a empresa ainda é vista como uma aposta valiosa. Nas últimas semanas, vários bancos de investimento manifestaram preocupação com as entregas da Tesla em 2025.

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Em países da Europa e na China, os números caíram significativamente. Ainda não está claro se isso está ligado às decisões políticas de Elon Musk ou à atualização do Model Y, mas o impacto foi imediato e as ações da Tesla já acumulam uma queda de 26% no ano.

Na visão da Baird, o problema central para o primeiro trimestre de 2025 é que os dados de venda indicam que a empresa pode não atingir a previsão consensual de entregar 437,5 mil veículos. Essa incerteza fez com que o banco ajustasse sua projeção de preço para as ações da montadora.

Problemas de demanda e produção

O relatório da Baird aponta que a Tesla também está com dificuldades em dois pontos principais: na procura pelos veículos e na capacidade de produção.

Do lado da demanda, as posições políticas de Elon Musk e sua proximidade com o governo Trump podem estar gerando insegurança entre consumidores e investidores.

Já no lado da produção, o tempo necessário para reformular o Model Y reduz temporariamente a capacidade de fabricar novos carros.

Tesla

Apesar dessas dificuldades, a Baird acredita que cerca de 300 mil unidades do Model Y serão entregues neste primeiro trimestre.

Além disso, reforça sua visão de que a Tesla segue sendo uma das principais empresas no desenvolvimento de inteligência artificial aplicada ao setor automotivo.

Porém, esta não é a primeira vez que a Tesla ajusta suas previsões devido a mudanças na fabricação. Em 2024, por exemplo, a empresa já havia revisado seus números após a atualização das linhas de produção do Model 3.

Mesmo assim, a montadora conseguiu registrar um crescimento de 56% no valor de suas ações ao longo do ano passado. O ajuste de preço feito pela Baird não foi o único.

O Bank of America também reduziu sua previsão para as ações da Tesla em 22%. Por outro lado, o Morgan Stanley segue confiante e incluiu a Tesla em sua lista de principais escolhas entre as montadoras dos Estados Unidos.

Enquanto isso, outras fabricantes como General Motors e Ford enfrentam seus próprios desafios. A imposição de tarifas sobre importações do México e Canadá está afetando suas cadeias de suprimentos, o que pode trazer impactos a longo prazo para toda a indústria automobilística.