Os Estados Unidos e a China vivem uma guerra comercial daquelas, cheia de trocas de farpas, tarifas e proibições.
Enquanto os americanos travam os chips e semicondutores, a China foi lá e botou restrição pesada na exportação de metais raros.
E isso pegou em cheio várias indústrias dos EUA, principalmente as que trabalham com tecnologia, carros elétricos e defesa militar.
Só que uma patente da Tesla, registrada em 2023, pode ser o pulo do gato pra aliviar esse aperto, pelo menos no que diz respeito a esses tais metais raros.
Pra quem não tá por dentro, os metais raros são tipo o ouro da tecnologia. Eles são usados em tudo quanto é coisa: celulares, ímãs superpotentes, baterias e principalmente nos motores elétricos dos carros.
Sem esses metais, muita coisa simplesmente não roda. Só que a China domina esse mercado, e agora tá fechando as torneiras pros americanos.
Resultado, os EUA se viram numa situação complicada, porque não dá pra começar a extrair e refinar esses metais do dia pra noite.
Tem que investir pesado, montar estrutura, criar parcerias e, mesmo assim, é um processo que pode levar quase uma década pra funcionar de verdade.
E aí entra a sacada da Tesla.
A empresa do Elon Musk registrou uma patente com uma ideia que, se der certo, pode ser revolucionária. A proposta é simples, mas esperta, reduzir bastante o uso de metais raros nos motores elétricos, sem perder eficiência.
Eles criaram um processo parecido com uma cirurgia minimamente invasiva, que faz pequenos cortes — chamados de cavidades de profundidade controlada — nos ímãs usados no motor (de 0.2 a 1.5mm).
Esses cortes permitem adicionar certos materiais chamados dopantes, que conseguem manter ou até melhorar as propriedades magnéticas do motor, mesmo usando menos metais raros.
O número da patente é WO2024097176A1, pra quem quiser conferir nos detalhes técnicos. E segundo ela, esse processo além de baratear a produção, também simplifica bastante a montagem dos motores, o que já é um baita avanço.
Agora, ninguém sabe ainda se essa tecnologia já tá sendo usada nas fábricas gigantes da Tesla, as famosas gigafactories.
Mas o que se sabe é que esse tipo de solução pode ser uma das saídas pra tirar os EUA da dependência dos chineses.
Isso porque, ao diminuir o uso de metais raros, o país ganha tempo e espaço pra desenvolver uma cadeia de suprimento própria, sem ficar totalmente refém do que vem de fora.
Ou seja, a inovação da Tesla pode abrir caminho pra uma nova fase na indústria americana: mais independente, mais sustentável e menos vulnerável às tretas políticas.