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Elon Musk demite chefão da Tesla na América do Norte e Europa após queda nas vendas

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Nos últimos meses, a Tesla, famosa por seus carros elétricos modernos, está passando por uma fase difícil. As vendas caíram de forma preocupante, principalmente nos Estados Unidos e na Europa.

Por causa disso, segundo uma reportagem publicada pela Forbes, Elon Musk, o dono e fundador da empresa, decidiu demitir Omead Afshar, que era um dos principais responsáveis pelas operações nessas duas regiões.

Essa decisão teria sido tomada pouco antes de fechar o segundo trimestre do ano. A situação acendeu um alerta entre os investidores, e as ações da Tesla já caíram quase 10% só no último mês. Ao longo de 2025, a queda acumulada chega a 13%.

Isso mostra como o mercado está desconfiado do futuro da empresa, principalmente por conta das vendas fracas e das incertezas em torno de novos projetos, como o polêmico serviço de táxi autônomo, o chamado robotaxi.

De acordo com uma análise recente da empresa Baird, especializada em estudos do mercado financeiro, a Tesla deve entregar cerca de 377 mil veículos no segundo trimestre do ano.

Esse número é menor do que o esperado por outros analistas, que apostavam em 392.800 unidades. Esse tipo de previsão mais pessimista costuma preocupar investidores e pode influenciar negativamente no valor das ações da empresa na bolsa de valores.

Entre os principais motivos apontados para essa queda nas vendas estão: problemas de distribuição nos revendedores, lançamento recente do novo Model Y, que ainda não engrenou, além de fábricas da Tesla passando por mudanças e adaptações.

Há também uma concorrência cada vez mais forte, principalmente dos carros elétricos chineses, que oferecem modelos bons por preços mais baixos. O mais preocupante é que a Tesla vem acumulando resultados ruins mês após mês.

Só na Europa, as vendas caíram quase 28% em maio, mesmo com o mercado de carros 100% elétricos crescendo mais de 27% no mesmo período. Isso significa que, enquanto outras marcas estão vendendo mais, a Tesla está ficando para trás.

A participação da marca no mercado europeu caiu para apenas 1,2% — uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao ano anterior. Já são cinco meses seguidos de queda nas vendas por lá.

E isso tem muito a ver com a concorrência dos carros elétricos da China, que têm conquistado cada vez mais espaço com modelos acessíveis e de boa qualidade.

A demissão de Omead Afshar

Omead Afshar não era um funcionário qualquer. Ele era visto como um dos braços direitos de Elon Musk. Estava com ele há anos e ocupava um cargo de liderança importante, cuidando de toda a operação da Tesla na América do Norte e na Europa.

Mas, diante da insatisfação com os resultados, Musk decidiu demiti-lo, buscando dar um novo rumo para a empresa nesses mercados.

Apesar de a Forbes não trazer muitos detalhes sobre como foi a demissão, acredita-se que o corte tenha sido uma forma de Musk mostrar que está disposto a fazer mudanças drásticas para recuperar a confiança dos investidores e do público.

O desafio do robotaxi

Outro ponto que tem gerado preocupação é o novo serviço de táxis autônomos da Tesla, chamado de robotaxi. A empresa chegou a fazer um grande evento para divulgar a novidade, o que até fez as ações subirem 8% logo no dia seguinte.

Mas esse entusiasmo durou pouco. Desde então, as ações já caíram 5,8%, e muitos analistas ainda não estão convencidos de que o projeto está pronto para funcionar como deveria.

Além disso, ainda faltam muitas informações sobre como o serviço vai funcionar na prática, quais cidades vão receber primeiro e se os carros realmente vão ser seguros sem motoristas humanos.

Tesla Robotaxi

Apesar disso, a Tesla ainda é uma gigante no setor de carros elétricos e tem uma base de fãs e clientes muito fiel. Mas é evidente que a empresa está passando por um momento de pressão.

Para se manter no topo, vai precisar se adaptar mais rápido às mudanças do mercado e encontrar formas de recuperar a confiança dos investidores e dos consumidores.

Elon Musk é conhecido por tomar decisões ousadas e por não ter medo de mudar a equipe quando algo não vai bem. A demissão de Afshar pode ser apenas o começo de uma série de ajustes dentro da empresa para tentar virar o jogo.