O lançamento do Nintendo Switch 2 está cercado de expectativas, devido as novas tecnologias mais modernas no hardware criado junto com a NVIDIA.
Mesmo assim, muita gente estranhou o fato de os jogos de estreia desenvolvidos pela própria Nintendo – como Mario Kart World e Donkey Kong Bananza – não estarem usando o tão comentado NVIDIA DLSS, recurso capaz de melhorar a imagem sem exigir tanto processamento.
Segundo especialistas do Digital Foundry, que comentaram o assunto em seu podcast semanal, isso pode estar ligado às limitações dos motores gráficos (engines) usados nesses jogos.
O DLSS depende de recursos internos como motion vectors, que nem sempre estão presentes ou prontos dentro dos motores de jogos da Nintendo.
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Para incluir esse suporte agora, seria necessário um trabalho profundo de adaptação — algo que, por decisão técnica ou de cronograma, pode não ter sido prioridade.
No lugar do DLSS, a Nintendo optou por uma solução mais simples, o AMD FSR 1. Apesar de menos avançado, o método funciona "bem o suficiente" em jogos com estilo visual mais cartunesco, característico da Nintendo.
Como esses gráficos não têm muitos detalhes finos ou texturas realistas, as falhas de serrilhado e nitidez acabam chamando menos atenção.
Mario Kart World é um bom exemplo, já que mantém um visual bonito mesmo sem utilizar tecnologias mais refinadas de antialiasing e upscaling. Ainda assim, há boas chances de o DLSS aparecer futuramente, inclusive em jogos da própria Nintendo.
A tecnologia é citada oficialmente no "Welcome Tour" do Switch 2, e sabe-se que a Nintendo trabalhou junto da NVIDIA justamente para incluir o hardware compatível com o recurso no novo console.
Isso indica que a intenção existe — talvez seja só uma questão de tempo e adaptação das engines. E, convenhamos, um jogo como Donkey Kong Bananza claramente teria ganhado em nitidez e definição usando DLSS em vez do mais modesto FSR 1.