Microsoft se explica após polêmica de invasão de privacidade envolvendo o Gaming Copilot AI

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Na última semana, um usuário do fórum ResetEra descobriu que o novo Gaming Copilot, assistente de inteligência artificial da Microsoft integrado à Game Bar do Windows 11, estava capturando imagens (screenshots) de todos os jogos executados no computador e enviando esses dados para os servidores da empresa.

O recurso já vem ativado por padrão, e quem quiser desativá-lo precisa acessar a Game Bar, abrir Configurações, entrar em Privacidade e ajustar a opção relacionada ao "treinamento de modelo em texto".

A revelação causou uma grande discussão online. Muitos usuários consideraram o comportamento do assistente invasivo, já que a coleta de imagens acontecia sem aviso claro.

Após a repercussão, o site Tom's Hardware entrou em contato com a Microsoft, que explicou o funcionamento da ferramenta:

"Quando você usa o Gaming Copilot na Game Bar, ele pode capturar imagens da sua jogatina para entender melhor o que está acontecendo no jogo e assim oferecer respostas mais úteis. Essas capturas não são usadas para treinar modelos de IA, e o Gaming Copilot é um recurso opcional que só acessa o conteúdo do jogo quando o usuário está jogando e o utiliza ativamente. Separadamente, o Gaming Copilot pode usar conversas de texto ou voz com os jogadores para aprimorar a IA. Os usuários podem ajustar as configurações de privacidade acessando ‘Configurações’ na Game Bar e depois em 'Privacidade'."

O Gaming Copilot começou a ser testado no início do ano em dispositivos móveis, mas sua distribuição mundial só começou no mês passado, tanto para PCs quanto para o aplicativo móvel do Xbox. Segundo a Microsoft, o objetivo do Gaming Copilot é funcionar como um assistente para jogadores.

Ele identifica qual jogo está sendo jogado, entende a atividade da conta Xbox e pode responder perguntas sobre o título em execução, indicar links com mais informações quando a resposta envolve fontes externas e até responder questões relacionadas ao histórico do jogador, conquistas e preferências.

A empresa se defende afirmando que o Gaming Copilot atua como um guia inteligente para jogos, pensado para ajudar durante a jogatina.

Porém, para evitar problemas de privacidade, a Microsoft deve garantir que o uso desse tipo de recurso seja realmente opcional e que o treinamento com dados do usuário venha desativado por padrão, em conformidade com as leis de proteção de dados.

Romário Leite
Fundador do TecFoco. Atua na área de tecnologia há mais de 10 anos, com rotina constante de criação de conteúdo, análise técnica e desenvolvimento de código. Tem ampla experiência com linguagens de programação, sistemas e jogos. Estudou nas universidades UNIPÊ e FIS, tendo passagem também pela UFPB e UEPB. Hoje, usa todo seu conhecimento e experiência para produzir conteúdo focado em tecnologia.