Strauss Zelnick, que está no comando da Take-Two desde 2007 como CEO, chairman e maior acionista, participou ontem do programa Squawk Box, da CNBC, exibido de segunda a sexta nas manhãs dos EUA.
Durante a conversa, ele falou sobre cada vez mais jogos e jogadores estarem migrando para o PC e para sistemas mais abertos.
Mesmo assim, ele comentou que o jeito clássico de jogar nos consoles ainda vai continuar, já que muita gente gosta de curtir títulos longos, com bastante conteúdo, na tela grande da sala. Segundo Zelnick:
"Acho que tudo está indo na direção do PC, e o setor como um todo está indo para ambientes mais abertos. Mas se você olhar para o console como um conceito, não como o hardware, a ideia de um jogo grande, cheio de conteúdo, que você passa horas jogando na TV — isso não vai desaparecer."
Esse comentário faz sentido quando olhamos para o cenário atual. O mercado de consoles não cresce faz tempo. Os três nomes tradicionais — Sony, Nintendo e Microsoft — acabam disputando praticamente o mesmo público, sem atrair tanta gente nova.
Enquanto isso, o PC segue aumentando sua base, algo que aparece nos recordes de vendas e acessos do Steam. Além disso, cresce a quantidade de equipamentos baseados em PC com cara de console ou portátil, como o Steam Deck, o ROG Ally e até novos aparelhos que estão chegando.
Esses dispositivos podem puxar parte do público que antes estava preso apenas aos consoles tradicionais, algo que também influencia o mercado brasileiro, já que alguns desses aparelhos se tornaram alternativas para quem prefere investir em algo mais flexível e com jogos mais baratos.
A própria Microsoft já vem mudando a forma como enxerga o Xbox. Apesar de Sarah Bond ter comentado recentemente que o "coração da experiência Xbox" começa no console tradicional, rumores indicam que o próximo aparelho pode misturar características de PC com console, incluindo até acesso a um ambiente Windows mais completo. O CEO da Microsoft, Satya Nadella, chegou a dar uma leve pista no mês passado:
"Queremos criar coisas novas tanto no sistema do console quanto no PC. Muita gente vê os dois como mundos separados, mas nós criamos o console para tentar montar um PC melhor, capaz de rodar jogos com mais qualidade. Quero revisitar um pouco essa ideia. No fim das contas, o console entrega algo único, com um nível de desempenho que ajuda a empurrar todo o setor para frente."








