A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, está há anos na mira da justiça dos Estados Unidos por supostas práticas que limitam a concorrência no mercado digital.
Mesmo depois que um juiz federal arquivou o caso em 2021, a Comissão Federal de Comércio (FTC) entrou com uma nova ação em 2022, reforçando as acusações.
E agora, no meio desse processo, a própria Meta trouxe à tona um dado curioso. O iMessage, sistema de mensagens da Apple, é mais usado do que o Instagram e o Facebook Messenger juntos.
Essa informação foi apresentada por meio de slides oficiais da empresa, divulgados como parte da sua defesa no tribunal.
Os documentos mostraram que o iMessage, disponível só em dispositivos da Apple como iPhones, tem uma presença muito maior no dia a dia das pessoas do que os principais apps de mensagens da Meta — inclusive o próprio WhatsApp.
Os números que chamaram atenção, segundo os dados apresentados nos slides, a preferência do público revelou o seguinte ranking:
- iMessage (Apple): 88,39%
- Instagram: 48,19%
- Facebook Messenger: 37,55%
- WhatsApp: 36,76%
- Snapchat: 23,04%
Esses dados foram compartilhados publicamente, embora parte deles tenha sido mal editada. Mesmo assim, veículos como The Verge conseguiram recuperar o conteúdo original com facilidade.
Uma curiosidade é que, em um canto da imagem, aparece um documento interno da Apple, considerado verdadeiro segundo o site AppleInsider.
Nesse documento, um diretor da Apple afirma que o iMessage é pensado para "permitir que as pessoas se comuniquem com quem elas já conhecem e faz parte da vida delas".
A estratégia da Meta: tirar o foco dela e apontar para a Apple
Com isso, a Meta tenta argumentar que não faz sentido acusá-la de monopólio se existe um concorrente tão dominante quanto a Apple no setor de mensagens.
A empresa ainda citou outras plataformas, como YouTube e TikTok, para reforçar a ideia de que o mercado é competitivo e que várias empresas estão prosperando ao mesmo tempo.
Mas tem um detalhe importante aí. O Instagram, por exemplo, não é apenas um app de mensagens. Ele é uma rede social completa, com fotos, vídeos, stories, grupos, comunidades e muito mais.
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Então, comparar diretamente com o iMessage talvez não seja tão simples assim. Cada plataforma tem uma função diferente, e isso precisa ser levado em conta.
O caso ainda não tem fim
Essa batalha judicial começou lá em 2020 e ainda está longe de acabar. O que for decidido pelo tribunal pode levar meses ou até anos para ser finalizado.
Enquanto isso, a Meta segue tentando se defender, enquanto acusa a Apple de também ter uma posição muito forte — talvez até demais — no mundo dos aplicativos de mensagens.
Para quem usa redes sociais, tudo isso parece distante, mas pode afetar bastante no futuro dos apps que a gente usa todo dia.
Dependendo do que a justiça decidir, pode haver mudanças no jeito como esses aplicativos funcionam ou se relacionam com os usuários e com os concorrentes. Então vale ficar de olho. A gente vai acompanhar tudo de perto e trazer as próximas atualizações assim que saírem.
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