Huawei avança com novo chip de IA e afeta ações da NVIDIA

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As ações da NVIDIA sofreram uma queda de 5,6% recentemente, após a divulgação de que a gigante chinesa Huawei está preparando o envio de novos chips de inteligência artificial (IA) como alternativa ao modelo H20 da NVIDIA.

O H20, que é um dos chips mais avançados da NVIDIA, já estava sendo vendido para empresas chinesas antes das novas sanções impostas pelos Estados Unidos.

Este movimento afetou diretamente o valor das ações da NVIDIA, e a situação destaca a crescente competição no setor de chips de IA, onde as empresas estão buscando alternativas diante das restrições comerciais internacionais.

A recente queda das ações da NVIDIA está diretamente ligada ao anúncio das novas sanções dos EUA, que determinam que a NVIDIA precisa de uma licença para vender seus chips de IA H20 para empresas na China.

Esse chip estava sendo amplamente utilizado por empresas chinesas, já que era o mais poderoso disponível no mercado chinês. Com a restrição, as empresas locais perderam acesso ao que era considerado o topo da tecnologia de IA.

A empresa foi pega de surpresa com a decisão, mas o CEO da NVIDIA, Jensen Huang, deixou claro que a companhia buscaria alternativas, incluindo o desenvolvimento de novos chips que estivessem de acordo com as regras mais rigorosas impostas pelos Estados Unidos.

Contudo, o movimento da Huawei de lançar o chip Ascend 910C como uma alternativa ao H20 trouxe ainda mais pressão sobre a NVIDIA.

De acordo com fontes confiáveis, o Ascend 910C da Huawei é capaz de rivalizar com o poderoso H100 da NVIDIA em termos de desempenho, representando uma ameaça direta ao domínio da empresa norte-americana no mercado de chips de IA.

Este chip não é uma novidade completa, mas uma versão melhorada do modelo anterior, o Ascend 910B, que já era considerado um bom produto.

Agora, o 910C promete ser ainda mais eficiente, visando atender à alta demanda por chips de IA na China. O Ascend 910C é fabricado pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), que é uma das maiores fabricantes de chips do mundo.

A integração de dois chips Ascend 910B em um único 910C é uma das características técnicas que possibilita o desempenho elevado desse novo modelo.

A Huawei, por sua vez, está otimista com a produção de até um milhão de unidades do Ascend 910C, embora o processo de fabricação seja complexo e envolva desafios, como a possibilidade de defeitos durante a produção.

O impacto das novas sanções dos EUA pode ter sido mais severo para a NVIDIA do que a empresa inicialmente imaginou.

As empresas chinesas agora têm uma opção doméstica viável, que pode competir de igual para igual com as ofertas ocidentais, como o H100.

O novo chip da Huawei ainda está em fase de testes e produção, mas é visto como uma solução sólida para o mercado de IA da China, principalmente com o apoio do governo local, que busca tornar a China mais independente das tecnologias ocidentais.

Huawei Ascend 910C

A produção do Ascend 910C está sendo monitorada de perto, principalmente por conta da capacidade da TSMC de fabricar os chips e a confiabilidade dos processos de produção.

Caso a China consiga alcançar os números esperados sem defeitos, a Huawei poderá transformar seu chip em um verdadeiro concorrente de peso para as grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, como a NVIDIA.

O impacto das sanções e da concorrência doméstica deve continuar pressionando a NVIDIA a buscar novos caminhos para se manter competitiva.

A empresa já está trabalhando em novas soluções que atendam às normas internacionais, mas o desafio será grande.

As opções da Huawei, com o Ascend 910C, são uma clara demonstração de que o mercado de IA está em constante evolução e que empresas chinesas, com o apoio de sua infraestrutura e políticas governamentais, podem rapidamente se tornar rivais poderosos para as gigantes ocidentais.

Além disso, a questão do fornecimento de chips em um contexto geopolítico tenso, como o atual, pode alterar ainda mais o equilíbrio do mercado.

Empresas como a NVIDIA e a Huawei terão que se adaptar a essas novas condições se quiserem continuar a prosperar.

O mercado de IA, que é um dos mais promissores e de rápido crescimento, pode ver uma diversificação ainda maior nos próximos anos.

Romário Leite
Fundador do TecFoco. Atua na área de tecnologia há mais de 10 anos, com rotina constante de criação de conteúdo, análise técnica e desenvolvimento de código. Tem ampla experiência com linguagens de programação, sistemas e jogos. Estudou nas universidades UNIPÊ e FIS, tendo passagem também pela UFPB e UEPB. Hoje, usa todo seu conhecimento e experiência para produzir conteúdo focado em tecnologia.