Os foguetes Falcon 9 da SpaceX, que realizaram cerca de 90 lançamentos este ano, estão gerando preocupações entre os astrônomos devido ao impacto na ionosfera terrestre.
Após lançar sua carga ao espaço, o Falcon 9 usa seus motores Merline para ajustar sua trajetória e diminuir a velocidade ao retornar à Terra, seja para um pouso em solo ou no mar.
Da mesma forma, o segundo estágio ativa seus motores ao concluir sua missão e retornar. Esses motores estão criando aberturas na ionosfera, uma camada de gás carregado que envolve nosso planeta e desempenha um papel crucial na comunicação via satélite.
Essas aberturas resultam em luz vermelha, o que pode impactar as observações astronômicas e dificultar os estudos do céu pelos astrônomos.
O Falcon 9 da SpaceX é o único foguete reutilizável de médio porte do mundo. E apesar de o propulsor do primeiro estágio geralmente retornar à Terra após a maioria das missões, o segundo estágio não é recuperado.
Após entregar sua carga útil, o segundo estágio do Falcon 9 usa seu motor a vácuo Merlin para reduzir a altitude e se queimar na atmosfera, às vezes semanas após o lançamento.
A ionosfera começa a 60 quilômetros da superfície da Terra, estendendo-se até 300 quilômetros. Essa camada atmosférica é vital para a comunicação via satélite e contém partículas ionizadas, energizadas pela radiação solar.
No entanto, o segundo estágio do Falcon 9 está provocando buracos na ionosfera, conforme apontado por Stephen Hummel, do Laboratório Austin da Universidade do Texas.
O escapamento do motor, composto principalmente de vapor d'água, dióxido de carbono e monóxido de carbono, cria áreas vazias ao remover partículas ionosféricas durante a descida.
Embora os efeitos desses buracos na astronomia não sejam totalmente compreendidos, existe a preocupação de que, com o aumento da frequência de lançamentos da SpaceX, esses eventos se tornem mais comuns.
No entanto, alguns pesquisadores estão entusiasmados, pois veem a oportunidade de estudar a deionização ionosférica através dos lançamentos.
Em 2023, a SpaceX estabeleceu um novo recorde de lançamentos, e a empresa ainda tem planos significativos para o futuro, incluindo o desenvolvimento do foguete Starship no Texas.
Caso a Starship se torne operacional, espera-se que realize lançamentos em escala superior ao Falcon 9. A SpaceX também enfrenta críticas de astrônomos devido aos seus satélites Starlink bloquearem o céu noturno, com a empresa respondendo através de atualizações para minimizar reflexos.
O Falcon 9, da SpaceX, lançou quase 90 missões em 2023, marcando um ano de intensa atividade espacial para a empresa.
Este foguete é notável por ser o único foguete reutilizável de médio porte em operação no mundo, demonstrando avanços significativos na tecnologia de propulsão espacial.
O segundo estágio do Falcon 9, ao retornar à Terra, utiliza seu motor a vácuo Merlin aproximadamente uma hora e meia após o lançamento.
Esse processo, embora eficaz na redução da altitude do foguete, tem o efeito colateral de criar buracos na ionosfera, uma região atmosférica crucial para a transmissão de sinais de satélites e comunicação global.
Como essa camada começa a 60 quilômetros da superfície terrestre e se estende até 300 quilômetros, qualquer interferência nessa região pode afetar significativamente as comunicações por satélite e a pesquisa astronômica.
A SpaceX, além de suas conquistas no lançamento de foguetes, está atualmente desenvolvendo o foguete Starship no Texas, que promete voos em escala superior aos do Falcon 9.
Via: Space Weather