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Ex-pesquisador da OpenAI desmente bônus milionário prometido pela Meta

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Nos bastidores do mundo da inteligência artificial (IA), muita coisa acontece longe dos holofotes. Recentemente, uma história chamou a atenção.

A Meta, empresa por trás do Facebook e Instagram, teria oferecido um bônus de entrada de 100 milhões de dólares para atrair pesquisadores da OpenAI — sim, cem milhões de dólares como incentivo para mudar de empresa.

Parece coisa de filme, né? Mas a realidade foi bem diferente para quem viveu isso na pele. Um desses profissionais, Lucas Beyer, que deixou a OpenAI para trabalhar na Meta, decidiu contar o que realmente aconteceu.

E segundo ele, o famoso bônus milionário nunca existiu — pelo menos, não para ele nem para seus colegas que também fizeram essa mudança.

Ou seja, aquela promessa de dinheiro fácil e alto salário que muita gente imaginava não passou de conversa. Para quem não sabe, Lucas Beyer é um nome conhecido no meio da pesquisa em IA.

Ele, junto com Alexander Kolesnikov e Xiaohua Zhai, trabalhou em grandes empresas como o Google DeepMind e, mais recentemente, na OpenAI — sim, a mesma que criou o ChatGPT.

Os três ajudaram a montar um novo escritório da OpenAI em Zurique, na Suíça, e tudo parecia estar indo bem. Mas aí veio a proposta da Meta. Os três aceitaram e foram trabalhar na gigante das redes sociais.

Só que depois que a notícia do suposto bônus de 100 milhões começou a circular, Beyer resolveu colocar os pingos nos "is": nenhum deles recebeu esse valor absurdo, e segundo ele, isso nunca foi oferecido de verdade.

Disse isso abertamente na rede social X (antigo Twitter). A publicação de Beyer gerou muita discussão online. Algumas pessoas ficaram do lado dele, dizendo que ele foi enganado pela Meta.

Outras acharam que ele mereceu o que aconteceu, por ter deixado uma empresa que investiu na carreira dele e ainda pagava bem. Enquanto isso, a Meta segue investindo pesado em inteligência artificial.

Só para ter uma ideia, a empresa colocou cerca de 15 bilhões de dólares na Scale AI, uma firma especializada em rotular dados — algo essencial para treinar modelos de IA.

Há rumores de que o fundador dessa empresa, Alexandr Wang, pode até sair do cargo para trabalhar junto com a Meta em um projeto de "superinteligência". Mas tudo isso ainda está em desenvolvimento.

E a OpenAI, como ficou nessa história?

Apesar da tentativa da Meta de "roubar" talentos da concorrência usando dinheiro como isca, a OpenAI parece estar se mantendo firme.

O próprio CEO da empresa, Sam Altman, comentou que os melhores profissionais da OpenAI ainda estão lá e que sair só por causa de dinheiro não cria uma boa cultura dentro das empresas.

Altman também disse que, apesar de respeitar a Meta, ele não acha que a empresa seja um exemplo em termos de inovação. Segundo ele, a Meta tem muito dinheiro e usa isso para contratar gente boa de outras empresas, mas isso não significa que vai conseguir criar algo realmente novo e transformador.

Essa história mostra que mesmo em empresas gigantes como a Meta e a OpenAI, nem tudo é o que parece. Lucas Beyer foi corajoso ao falar publicamente sobre isso. Até agora, a Meta não comentou sobre as afirmações de Beyer.