Após vários processos envolvendo a NASA e astronautas da Apollo 11, as amostras de poeira coletadas no solo da Lua foram vendidas por US $ 500.000, cerca de R$ 2,3 milhões, em um leilão da Bonhams.
As amostras de poeira lunar coletadas por Neil Armstrong durante a missão Apollo 11 de 1969 estavam sob custódia do Museu Espacial Cosmosphere, mas foram reivindicadas judicialmente pela NASA para estudos.
A disputa judicial pela poeira lunar iniciou quando as amostras foram vendidas em um leilão online pelo Serviço de Delegados dos Estados Unidos, depois que o diretor do Cosmosphere foi condenado por crimes de roubo.
Na época, a poeira foi comprada por uma entusiasta de geologia chamada Nancy Lee Carlson pelo valor de US $ 995 em uma disputa pouco concorrida.
Após isso, Carlson enviou o pó para a NASA verificar a autenticidade. Depois de confirmar que este pó era da Lua, a agência espacial se recusou a devolvê-lo, rotulando-o como propriedade do governo.
Isso resultou numa disputa judicial entre Carlson e a NASA, onde a NASA acabou perdendo e a agora a poeira foi adquirida por um comprador anônimo que pagou pouco mais de US$ 500.000 em um leilão.
A NASA vem realizando esforços para tentar recuperar qualquer material lunar perdido, sustentando-se na tese de que rochas lunares e poeira coletada durante as missões Apollo são propriedades do governo.
No entanto, a agência especial não obteve sucesso ao tentar reivindicar o pó vendido hoje, devido em parte a uma combinação de fraude, identidade equivocada e uma série de disputas legais.
"As amostras lunares são tão, tão preciosas", disse Sara Mazrouei, cientista planetária e desenvolvedora educacional da Ryerson University, em Ontário, Canadá.
Por outro lado, especialistas em leis espaciais, estão animados com o que essa venda pode significar para o futuro comércio de materiais extraterrestres, como metais extraídos de asteroides.
"É mais um passo nessa marcha rumo à comercialização de recursos naturais do espaço sideral", disse Mark Sundahl, especialista em direito espacial internacional da Faculdade de Direito de Cleveland-Marshall, em Ohio, Estados Unidos.
Via: CNN