A SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, mandou uma carta ao governo dos Estados Unidos criticando as tarifas e taxas que são cobradas sobre os serviços de internet via satélite em vários países.
A empresa está preocupada com as dificuldades que enfrenta para expandir o Starlink, seu serviço de internet via satélite, que já é o maior do mundo.
Enquanto a Tesla alertou sobre o aumento dos custos de produção devido às tarifas impostas pelo governo americano, a SpaceX está indo por outro caminho.
Na carta, assinada pela empresa, são mencionadas as barreiras regulatórias e taxas aplicadas por governos estrangeiros, que tornam a expansão da internet via satélite mais difícil e cara.

Segundo a SpaceX, essas regras atrapalham o avanço dos Estados Unidos no setor espacial. A SpaceX afirma que está tendo dificuldades em praticamente todos os países onde o Starlink opera.
O principal problema está nas taxas cobradas para acessar o espectro de radiofrequência, os impostos sobre importação dos terminais de internet e a necessidade de negociar com operadoras locais para compartilhar frequências.
A empresa aponta que essas exigências fazem com que os custos operacionais aumentem artificialmente, prejudicando a expansão do serviço e impedindo que mais pessoas tenham acesso a uma internet de qualidade a um preço mais acessível.
Tarifas de importação encarecem o serviço
Uma das principais queixas da SpaceX é em relação aos impostos de importação cobrados sobre os terminais do Starlink.
A empresa alega que, enquanto os Estados Unidos não cobram impostos similares sobre produtos estrangeiros equivalentes, alguns países impõem taxas pesadas sobre os equipamentos da SpaceX.
Essas cobranças representam uma grande parcela do custo total do serviço em determinados mercados, dificultando a expansão da empresa e limitando o acesso dos consumidores ao Starlink.
Regulamentações ultrapassadas
Outro problema apontado pela SpaceX é que muitas regras atuais foram criadas quando os serviços de internet via satélite eram limitados e operavam com poucos terminais.
Hoje, a realidade é diferente, e a SpaceX precisa enviar milhões de terminais pelo mundo para atender a demanda global.
Porém, as regulamentações continuam exigindo pagamentos por terminal, em vez de licenças globais ou outras formas de autorização que facilitariam a distribuição.
A empresa argumenta que essa abordagem antiquada se tornou um obstáculo para levar o serviço a mais pessoas, principalmente em regiões remotas onde o Starlink poderia fazer a diferença ao oferecer internet de alta velocidade em locais onde outras opções são limitadas ou inexistentes.
A SpaceX defende que essas tarifas e regulações precisam ser revistas para que a internet via satélite possa crescer sem barreiras artificiais.
Segundo a empresa, se as taxas continuarem sendo cobradas por terminal, em vez de um modelo de licenciamento mais flexível, o custo de expansão do Starlink ficará cada vez mais alto, dificultando a chegada do serviço a novos usuários ao redor do mundo.
Com informações de WccfTech.