Um pombo que foi capturado na Índia há oito meses sob suspeita de ser um espião da China foi finalmente solto depois de uma longa investigação. O caso gerou muita polêmica e curiosidade na mídia e nas redes sociais.
O pombo foi encontrado em maio de 2023 perto de um porto em Mumbai, com dois anéis presos nas pernas, um deles com um microchip. Os anéis também tinham escritas que pareciam ser caracteres chineses.
A polícia indiana achou que o pombo poderia estar carregando mensagens secretas para o Partido Comunista Chinês, que tem uma rivalidade histórica com a Índia.
O pombo foi levado para uma delegacia e depois para um hospital veterinário, onde ficou sob custódia. Os anéis e o microchip foram enviados para um laboratório forense para análise. A polícia também tentou rastrear a origem do pombo, mas não teve sucesso.
Depois de três meses de investigação, a polícia descobriu que o pombo não era um espião, mas sim um pombo de corrida em águas abertas que escapou de Taiwan e voou até a Índia.
O microchip servia para monitorar a localização e o desempenho do pombo nas competições. Os caracteres chineses eram o nome e o número de registro do pombo.
No entanto, a polícia não comunicou o resultado da investigação ao hospital veterinário, que continuou mantendo o pombo preso.
Foi preciso a intervenção da organização de defesa dos animais PETA India, que pediu a liberação do pombo ao governo. A PETA India alegou que o pombo estava sofrendo de estresse e depressão por causa do confinamento.
Finalmente, na terça-feira, 31 de janeiro de 2024, o pombo foi solto pelo hospital veterinário, com a permissão formal da polícia. O pombo voou para longe, sem destino certo.
Não se sabe se ele conseguirá voltar para Taiwan ou se encontrará outro lugar para viver. Este não foi o primeiro caso de um pombo acusado de espionagem na Índia.
Em 2020, outro pombo foi detido na fronteira com o Paquistão, outro país inimigo da Índia, por ter uma mensagem ameaçadora ao primeiro-ministro indiano Narendra Modi.
Em 2010, mais um pombo foi preso na mesma região, por ter um anel com um número de telefone e um endereço paquistaneses. Em ambos os casos, os pombos foram liberados depois de serem considerados inocentes.
Via: New York Times, Gizmodo
