Tudo indica que a era dos carregadores sem fio de longo alcance está prestes a chegar, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Maryland (UMD), em colaboração com um colega da Wesleyan University em Connecticut.
Desenvolveram um novo dispositivo que pode enviar energia de forma invisível para um laptop ou smartphone e alimentá-lo sem a necessidade de qualquer cabo ou fio por longas distâncias em uma sala.
O protótipo é chamado de "anti-laser" e funciona de forma oposta a um laser. Os pesquisadores publicaram os resultados do estudo na revista Nature Communications em 17 de novembro de 2020.
Os lasers emitem partículas de luz, uma após a outra de forma sistemática, desencadeando uma reação em cadeia onde muitos fótons da mesma cor são disparados em um feixe ordenado, criando assim um feixe de luz conhecido como feixe de laser.
Por outro lado, um "anti-laser" inverte esse processo sugando os fótons um após o outro na ordem inversa, absorvendo perfeitamente um feixe de muitos fótons ajustados com precisão.
Como funciona?
Em uma demonstração dessa tecnologia, os pesquisadores mostraram que o dispositivo anti-laser é capaz de receber cerca de 99,996% da potência enviada, mesmo em situações com movimentação de eletrônicos, obstáculos no caminho e muito mais.
Esse método de envio de energia é denominado Coherent Perfect Absorption (CPA), que usa uma máquina para enviar energia pela sala, com isso, o anti-laser suga ela de volta. No entanto, há uma grande desvantagem nessa tecnologia.
Esses experimentos exigem uma simetria de reversão de tempo que pode ser difícil de manter e pode comprometer a energia que está sendo transferida.
No experimento, os cientistas usaram campos magnéticos para empurrar os fótons de forma tão agressiva que a simetria de reversão do tempo foi perdida e o anti-laser ainda funcionou.
Assim, o estudo indica que este experimento prova que o conceito de CPA vai muito além de sua concepção inicial como um laser reverso no tempo.
Este dispositivo de carregamento sem fio é totalmente diferentes dos atuais que funcionam por indução e parece mais um daqueles objetos encontrados em filmes de ficção.
No entanto, aparentemente é realmente possível que ele chegue ao mundo real nos próximos anos.
Fonte: Nature