Em 26 de setembro, uma espaçonave da NASA colidiu intencionalmente com o asteroide Dimorphos, mudando sua velocidade e período orbital ao redor do asteroide maior, Didymos.
A espaçonave fazia parte da missão Double Asteroid Redirection Test (DART), que tinha como objetivo mudar a velocidade do asteroide Dimorphos e testar a técnica de impacto cinético, que pode ser usada para desviar objetos espaciais que possam colidir com a Terra.
A colisão foi bem-sucedida, mostrando como a tecnologia de impacto cinético pode ser usada para desviar asteroides que podem parecer estar em rota de colisão com a Terra.
A missão foi capturada por uma série de telescópios, incluindo o Telescópio Espacial Hubble, que filmou o evento e revelou como a colisão transformou Dimorphos em um "asteroide ativo" com uma cauda semelhante a um cometa.
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A cauda foi formada a partir das mais de 1.000 toneladas de poeira e rocha que foram lançadas no espaço após o impacto. Apenas algumas semanas depois, a cauda se partiu em duas.

A missão DART foi um sucesso e provou que a técnica de impacto cinético de defesa planetária é viável. Um dos fatores que contribuíram para o sucesso da missão foi o recuo do material lançado do asteroide para o espaço.
De acordo com os pesquisadores da NASA, o impacto da espaçonave por si só não teria alteração da órbita do Dimorphos no momento do impacto.

As descobertas foram publicadas em cinco estudos na revista Nature, que demonstraram a capacidade de missões como a DART de proteger nosso planeta de rochas espaciais. Os resultados continuam surpreendendo os astrônomos cinco meses depois.
Agora, a NASA divulgou um novo vídeo que reúne imagens do Hubble capturadas durante um período que começou mais de uma hora antes da colisão e terminou em 8 de outubro. Veja a seguir:
O vídeo é um resumo da filmagem do Hubble e mostra o momento da separação do asteroide Dimorphos depois de ser atingido pela espaçonave da missão DART que pesava cerca de 1.200 libras, em 26 de setembro de 2022.
As primeiras imagens reveladas no vídeo ocorreram duas horas após o impacto. O material lançado pelo asteroide formou um cone amplamente oco com filamentos longos e fibrosos.
Os detritos foram lançados para longe do asteroide em linhas retas, movendo-se a mais de seis quilômetros por hora (rápido o suficiente para escapar da atração gravitacional do asteroide e não cair de volta).
Cerca de 17 horas após o impacto, o padrão de detritos entrou em um segundo estágio. A interação dinâmica dentro do sistema binário começou a distorcer a forma do cone ejetado.
As estruturas mais proeminentes apresentam características rotativas em forma de cata-vento. Esse fenômeno está ligado à atração gravitacional do asteroide companheiro, Didymos.
Posteriormente, o Hubble capturou os detritos sendo arrastados de volta em uma cauda semelhante a um cometa pela pressão da luz solar nas minúsculas partículas de poeira.
Isso se estendeu em um trem de detritos, onde as partículas mais leves viajaram mais rápido e mais foram ficando mais longe do asteroide.
O mistério foi agravado mais tarde, quando o Hubble registrou uma cauda no Dimorphos que se dividiu em duas após alguns dias de sua formação.
A conclusão da missão DART foi um marco importante na exploração espacial e um grande passo para proteger a Terra de possíveis colisões de asteroides.
Via: Hubble Site