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Meta vai lançar chatbots que puxam papo sozinhos e ajudam a combater a solidão

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A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, está preparando uma novidade que pode mudar a forma como a gente conversa com a inteligência artificial.

A ideia deles é criar robôs de conversa (chamados de chatbots) que puxam assunto com você, lembram do que vocês já conversaram antes e ajudam a manter o contato mais humano, como se fossem um amigo virtual.

Isso tudo faz parte de um plano bem maior da empresa, que quer tornar a experiência dos usuários mais envolvente, acolhedora e próxima.

Em vez de esperar que a pessoa vá até o robô para fazer uma pergunta, esses novos chatbots vão poder iniciar a conversa sozinhos e até retomar papos que ficaram no meio do caminho.

De acordo com documentos vazados e divulgados pelo Business Insider, a Meta está trabalhando junto com a empresa Alignerr para criar esses assistentes virtuais que vão funcionar de forma mais ativa.

Eles não vão ser só uma ferramenta fria de tecnologia, mas sim companheiros digitais que conhecem você, lembram do que vocês já falaram e conseguem trazer um papo mais leve e pessoal.

Esses chatbots estão sendo desenvolvidos dentro do AI Studio, o laboratório de inteligência artificial da Meta, e poderão ser personalizados.

Isso quer dizer que cada pessoa pode configurar o robô do jeito que quiser, com uma cara mais divertida, séria ou amigável, por exemplo.

A proposta é que os bots saibam quem você é, como se comporta, o que gosta de conversar, e assim, possam mandar mensagens que façam sentido pra você.

Tudo isso com o objetivo de manter você engajado, ou seja, fazendo uso das redes sociais de forma contínua, e evitando aquele sumiço que muita gente dá depois de um tempo.

Projeto Omni: uma resposta à solidão digital

O projeto foi batizado internamente de Projeto Omni e tem como uma das metas principais ajudar a combater a solidão. Em tempos em que muita gente se sente sozinha, mesmo estando conectada o tempo todo, a Meta quer usar a inteligência artificial como uma ponte para melhorar esse sentimento.

Segundo Mark Zuckerberg, CEO da empresa, essa tecnologia pode ajudar as pessoas a se sentirem mais ouvidas, lembradas e próximas umas das outras, mesmo que seja através de um robô. E a Meta está tomando cuidado para que esses bots não se tornem chatos ou invasivos.

Eles foram programados para tentar um contato de volta no máximo até 14 dias depois de uma conversa iniciada. Se a pessoa não responder, o robô não vai insistir. A escolha de continuar ou não o papo é sempre do usuário.

Além disso, quem quiser pode manter o chatbot de forma privada, como um assistente pessoal, ou então tornar ele visível para outras pessoas, incluindo ele em stories ou até no perfil.

Tecnologia parecida já existe, mas a Meta quer ir além

Outras empresas, como a Character.AI, já oferecem robôs de conversa com funções parecidas ao que está sendo propostas nesse projeto.

Mas o que a Meta está fazendo é levar essa ideia para um outro nível, aproveitando o alcance gigantesco que já tem com o Facebook, Instagram e WhatsApp.

A proposta é usar a inteligência artificial para fazer com que as redes sociais virem um lugar de troca verdadeira, com conversas mais vivas e menos automáticas.

Essa iniciativa mostra o quanto a Meta está investindo pesado em inteligência artificial para não ficar para trás diante da concorrência, como Google, OpenAI e outras grandes do setor.

Mas, mais do que só tecnologia, a empresa quer oferecer experiências mais humanas, onde a pessoa sente que está sendo lembrada, compreendida e, acima de tudo, não esquecida.