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Intel pode produzir GPUs da NVIDIA e chips para a Apple, diz banco de investimentos

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O novo CEO da Intel, Lip-Bu Tan, está correndo atrás de gigantes da tecnologia como NVIDIA e Broadcom para tentar mudar o rumo da empresa, que anda tendo dificuldades.

Ele assumiu o comando recentemente e já disse que quer recuperar a força da Intel no mercado. Segundo um relatório do banco de investimentos UBS, a empresa pode conseguir NVIDIA e Broadcom como clientes da sua divisão de produção de chips.

Antes de Lip-Bu assumir, havia muito papo sobre a Intel separar sua divisão de produção de chips. Mas ele logo descartou essa ideia e reforçou que quer transformar a Intel em uma das maiores fabricantes de semicondutores do mundo.

Porém, competir com a TSMC, que domina esse setor, não será tarefa fácil. De acordo com Tim Arcuri, analista do UBS, a NVIDIA tem mais chances de fechar um acordo com a Intel do que a Broadcom. Mas não espere que a Intel comece produzindo os poderosos chips de IA da NVIDIA de cara.

O mais provável é que eles iniciem com as GPUs voltadas para jogos. Um dos grandes desafios da Intel está no consumo de energia de seus processos de fabricação.

A empresa precisa melhorar a eficiência da tecnologia 18A para torná-la mais atrativa para o mercado. Arcuri acredita que a Intel está trabalhando em uma versão otimizada chamada 18AP, que pode resolver essa questão e chamar a atenção de mais clientes.

Outro ponto levantado pelo UBS é a possibilidade da Intel fornecer chips para a Apple. Atualmente, a Apple depende da TSMC para fabricar seus processadores e outros componentes usados em iPhones, iPads e Macs.

Mas uma parceria entre Intel e a taiwanesa UMC pode abrir espaço para que a Intel se torne uma segunda fornecedora para a Apple, o que seria um grande passo para a empresa.

As ações da Intel subiram 15% desde o início do ano, impulsionadas pela chegada de Lip-Bu. Em fevereiro, os papéis da empresa chegaram a valorizar 35% por causa de rumores sobre um possível interesse da TSMC em comprar a divisão de chips da Intel.

No entanto, esses ganhos foram perdidos e, pouco antes da chegada do novo CEO, as ações estavam 2% abaixo do valor inicial do ano.

A Intel tem um longo caminho pela frente para competir de igual para igual com a TSMC, mas se conseguir fechar acordos com NVIDIA e Apple, pode voltar a crescer no mercado de semicondutores.