Quando a OpenAI lançou o GPT-4o, a recepção foi extremamente positiva. Usuários elogiaram a precisão nas respostas e o tom mais humano, que tornava as conversas mais naturais e acolhedoras.
Porém, essa boa relação mudou quando, sem aviso prévio, a empresa substituiu o modelo pelo GPT-5. A troca repentina gerou reações diversas dos usuários.
Muitos notaram que, apesar do GPT-5 ser apresentado como o modelo mais avançado em capacidade de raciocínio, ele parecia menos "caloroso" e mais distante.
O impacto foi suficiente para provocar uma onda de críticas e forçar a empresa a rever suas decisões. O lançamento oficial do GPT-5 aconteceu em 7 de agosto de 2025, tornando-o o modelo padrão para todos os usuários logados no ChatGPT.
A atualização trouxe três variações — GPT-5, GPT-5 mini e GPT-5 nano — com o objetivo de atender diferentes necessidades.
Porém, a mudança gerou mais reclamações do que comemorações, já que, para muitos, o novo modelo não tinha a personalidade e a proximidade percebidas no GPT-4o.
Updates to ChatGPT:
You can now choose between “Auto”, “Fast”, and “Thinking” for GPT-5. Most users will want Auto, but the additional control will be useful for some people.
Rate limits are now 3,000 messages/week with GPT-5 Thinking, and then extra capacity on GPT-5 Thinking…
— Sam Altman (@sama) August 13, 2025
Com a repercussão negativa, a OpenAI decidiu reativar o GPT-4o como opção para assinantes do plano Plus, devolvendo parte da liberdade de escolha.
Além disso, o GPT-5 recebeu melhorias e passou a oferecer modos de uso como Fast, Auto e Thinking, permitindo ajustar a velocidade e a profundidade das respostas conforme a preferência do usuário.
Sam Altman, CEO da OpenAI, reconheceu que houve falha em considerar a necessidade de personalização e prometeu que o GPT-5 vai ganhar mais "calor humano" — mas sem ultrapassar os limites que, segundo ele, tornaram o GPT-4o "por vezes irritante".
O episódio reforça um ponto importante no desenvolvimento de IA, não basta entregar avanços técnicos se os usuários não sentirem conexão com a ferramenta.
Em um cenário de evolução acelerada, o desafio está em equilibrar inovação e familiaridade. Melhorar a tecnologia sem perder a experiência agradável é essencial para manter a confiança e o engajamento da comunidade.