Governo dos EUA avalia fusão da Intel com empresas nacionais

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Os problemas financeiros da Intel começaram a preocupar o Departamento de Comércio dos EUA, que busca alternativas para estabilizar a gigante de semicondutores.

A Intel tem um papel estratégico importante nas ambições dos EUA de fortalecer sua produção nacional de chips e reduzir a dependência externa.

A empresa é a única localizada no país com capacidade de produção madura, mas a piora de suas finanças nos últimos meses levou Washington a considerar opções, incluindo uma possível fusão, segundo um relatório da Semafor.

As especulações sobre um acordo de fusão ganharam força nas últimas semanas, com notícias apontando para uma possível aquisição por empresas como Qualcomm e ARM.

A Qualcomm, em particular, mostrou interesse, com seu CEO, Cristiano Amon, afirmando que uma decisão deve ser tomada após as eleições nos EUA.

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O Intel 18A, o nó de processo de ponta da Intel Foundry, está a caminho de produção em 2025. Com o RibbonFET e o PowerVia, os clientes da fundição desbloquearão maior escala e eficiência do processador para impulsionar o futuro da computação de IA. (Crédito: Intel Foundry)

Fontes indicam que os formuladores de políticas americanos estariam abertos a uma fusão com empresas nacionais, incluindo AMD e Marvell, o que traria novos rumos para o mercado de chips.

Essas movimentações sugerem um "sinal verde" da administração dos EUA, mas ainda não se sabe se uma fusão seria o melhor caminho para a Intel.

Com o governo mais interessado em garantir a autossuficiência em semicondutores, é possível que a venda da divisão de chips da Intel seja considerada, facilitando uma parceria com empresas como Qualcomm, ARM ou mesmo AMD.

Uma fusão de tamanha envergadura teria impactos profundos no mercado, e uma colaboração entre Intel e AMD pode se tornar uma realidade, algo que seria muito surpreendente.

Sob o programa CHIPS Act, o governo dos EUA liberou US$ 8,5 bilhões em subsídios e US$ 11 bilhões em empréstimos com juros reduzidos, mas atrasos na liberação desses recursos agravaram os problemas financeiros da Intel, que explora várias alternativas de auxílio.

Apesar dos bons resultados no terceiro trimestre de 2024, a empresa ainda está passando por um longo caminho de recuperação.