Qualcomm ainda não desistiu de comprar a Intel, diz relatório

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A Qualcomm ainda não desistiu da ideia de comprar a Intel, aparentemente a empresa decidiu aguardar um momento mais oportuno para avaliar a possibilidade.

De acordo com um relatório da BNN Bloomberg, a gigante dos chips está de olho nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, previstas para novembro, antes de tomar uma decisão final sobre o acordo.

A espera pela nova administração é estratégica, já que as políticas antitruste e o apoio governamental são fatores críticos para a viabilidade do negócio.

A possível aquisição da Intel pela Qualcomm seria uma grande virada no mercado de semicondutores que passa por um momento sensível.

A Intel, conhecida por seu domínio nos processadores de computadores por décadas, está passando por dificuldades financeiras, com perdas expressivas nos lucros trimestrais.

Isso abriu caminho para rumores de aquisição, que surgiram principalmente depois que a Qualcomm demonstrou real interesse no negócio. As negociações parecem ter esfriado, mas o assunto voltou à tona.

Qualcomm espera por estabilidade política

Segundo a BNN Bloomberg, a Qualcomm prefere aguardar um cenário político mais estável antes de avançar com qualquer oferta de compra da Intel.

A empresa espera por uma possível mudança na Casa Branca para analisar as novas diretrizes de regulamentação e políticas antitruste, que podem impactar diretamente a aquisição.

A expectativa é que a próxima administração traga maior clareza sobre essas questões, o que pode facilitar o avanço das negociações.

O que a Qualcomm terá que fazer para seguir com a comprar da Intel

Caso a Qualcomm decida realmente seguir em frente, ela enfrentará diversos obstáculos. A Intel é considerada um ativo estratégico para os Estados Unidos, principalmente no desenvolvimento de tecnologias de semicondutores nacionais, sendo uma das grandes beneficiárias do CHIPS Act.

Por isso, qualquer tentativa de aquisição terá uma análise minuciosa não apenas dos órgãos reguladores americanos, mas também de outros países, como a China, que pode levantar objeções com base em preocupações antitruste.

Qualcomm

Outro desafio é o valor financeiro envolvido. A Intel está avaliada em aproximadamente US$ 98 bilhões, e apesar de a Qualcomm ter um valor de mercado superior a US$ 190 bilhões, a compra exigiria uma quantidade massiva de recursos.

Além disso, uma aquisição dessa magnitude atrairia os olhares de reguladores do mundo todo, tornando o processo ainda mais complexo.

Uma mudança de estratégia para a Qualcomm?

A Qualcomm vem ganhando mais força no mercado com seus processadores Snapdragon X Elite, que marcaram a entrada da empresa no mercado de PCs.

Notebook Lenovo com Snapdragon X Elite

O movimento para adquirir a Intel poderia transformar a abordagem da Qualcomm, que hoje foca na tecnologia ARM, popular entre dispositivos móveis e que começa a ganhar espaço em computadores.

Porém, essa mudança estratégica pode ser arriscada, já que integrar a operação da Intel poderia diluir o foco da empresa e gerar grandes desafios operacionais.

Para a Qualcomm, a espera até as eleições pode ser uma maneira de ganhar tempo e avaliar se a mudança na administração americana favoreceria o acordo.

Se o governo que assumir em 2025 tiver uma posição mais flexível em relação a fusões e aquisições no setor de tecnologia, as chances de sucesso podem aumentar.

A compra da Intel pela Qualcomm permanece uma possibilidade em aberto, mas cheia de incertezas. Agora, só nos resta esperar para ver o desfecho dessa história.