A Samsung anunciou oficialmente o Exynos 2600, seu primeiro chipset fabricado em 2nm com tecnologia GAA (Gate-All-Around).
O anúncio veio apenas um dia após o vazamento das especificações iniciais e trouxe todos os detalhes do novo SoC, que aposta em ganhos amplos de desempenho em CPU, GPU e IA, além de avanços no controle térmico e na eficiência energética.
O Exynos 2600 conta com uma CPU de 10 núcleos e GPU Xclipse 960. A proposta da Samsung é ampliar o desempenho em tarefas de núcleo único, múltiplos núcleos e gráficos, sem comprometer o consumo e a temperatura, algo viabilizado pelo novo processo de fabricação em 2nm.
O chip também tem suporte à Scalable Matrix Extension 2 (SME2) da ARM, tecnologia que melhora o processamento paralelo e a eficiência em cargas complexas, seguindo a mesma linha de soluções usadas por concorrentes diretos.
A configuração da CPU segue o esquema "1 + 3 + 6", combinando um núcleo ARM C1-Ultra a 3,80 GHz, três núcleos C1-Pro a 3,25 GHz e outros seis C1-Pro a 2,75 GHz.
A Samsung adotou os mesmos núcleos presentes no Dimensity 9500, da MediaTek, o que coloca o Exynos 2600 em disputa direta com o Snapdragon 8 Elite Gen 5 e outros chips topo de linha.
O conjunto ainda inclui suporte a memória LPDDR5X e um motor de IA com NPU de 32K MAC. Com base na arquitetura ARM v9.3, o Exynos 2600 executa instruções SME2 de forma mais eficiente, algo que, segundo a Samsung, eleva o desempenho geral da CPU em até 39%.
No campo da inteligência artificial, a empresa informa um salto de até 113% no desempenho de IA generativa em comparação com o Exynos 2500.
- Leia também: Samsung deve lançar o Exynos 2600 apenas na Coreia do Sul, e só nos modelos Galaxy S26 que não são Ultra
O chip também traz novos recursos de segurança, como virtualização avançada e criptografia híbrida pós-quântica com suporte em hardware, uma estreia em SoCs móveis, com proteção ancorada na ROM.
A GPU Xclipse 960 também recebeu atenção especial. A Samsung afirma que o desempenho computacional gráfico dobrou em relação à geração anterior, enquanto o ray tracing teve avanço de até 50%.
O Exynos 2600 ainda é compatível com o ENSS (Exynos Neural Super Sampling), tecnologia própria de upscaling que funciona de maneira semelhante ao DLSS da NVIDIA, ao FSR da AMD e ao PSSR da Sony. Há suporte à geração de quadros, o que ajuda a elevar a taxa de quadros em jogos compatíveis.
No setor de imagem, o chip estreia o sistema de percepção visual baseado em IA, chamado Visual Perception System (VPS). Essa solução faz com que o ISP reconheça detalhes complexos em tempo real, incluindo movimentos sutis, como piscadas, em fotos e vídeos.
A Samsung afirma que essa abordagem reduz o consumo de energia em até 50%. Recursos como o Deep Learning Video Noise Reduction também estão presentes, melhorando a qualidade de vídeos em ambientes com pouca luz sem exigir alto gasto energético.
O Exynos 2600 aceita sensores de até 320 MP e adota o codec APV. Para tratar as críticas relacionadas a aquecimento, a Samsung implementou a tecnologia Heat Pass Block no Exynos 2600.
De acordo com informações divulgadas anteriormente por executivos da empresa, essa solução pode diminuir a temperatura em até 30% frente à geração passada.
Nos dados mais recentes, a fabricante afirma que o novo fluxo térmico reduz a resistência térmica em 16%. Apesar das especificações chamarem atenção, o desempenho real do Exynos 2600 ainda depende de testes em dispositivos finais.
O chip deve equipar o Galaxy S26 e o Galaxy S26+, enquanto o Galaxy S26 Ultra ficará restrito ao Snapdragon 8 Elite Gen 5. Esse movimento mantém a estratégia da Samsung de reservar o modelo Ultra para o processador da Qualcomm.
Ainda assim, o Exynos 2600 marca um passo importante da Samsung na disputa entre os principais SoCs do mercado, mostrando que a empresa segue investindo em tecnologia própria para competir no segmento mais alto de smartphones.







