Nos últimos anos, quem tenta montar ou atualizar um computador em casa já percebeu que as placas-mãe estão cada vez mais caras. E, ao que tudo indica, essa tendência não vai parar tão cedo.
Informações recentes apontam que grandes marcas como ASUS, MSI e Gigabyte devem aplicar novos aumentos nos preços, o que pode tornar ainda mais difícil para o consumidor montar seu próprio PC gastando pouco.
Desde 2020, com o impacto da pandemia no mercado global, os valores das placas-mãe dispararam. Para você ter uma ideia, as placas da Intel ficaram, em média, 40% mais caras em comparação com os valores de antes da pandemia.
Já as da AMD subiram cerca de 35%. Ou seja, quem montava PC com frequência sentiu isso no bolso. Mesmo com o mercado começando a se recuperar, novos aumentos de preços estão sendo cogitados, segundo informações divulgadas pelo perfil @harukaze5719 e pelo portal Board Channels.
Isso preocupa muita gente, porque as placas mais novas, como as da linha AMD série 800 e Intel série 800, já têm preços bem altos — e tudo indica que vão ficar ainda mais salgadas.
Por que os preços das placas-mãe continuam subindo?
Os motivos para essa alta são vários. Um dos principais está relacionado a custos de produção, que aumentaram nos últimos anos.
Hoje em dia, as placas usam materiais mais sofisticados, como cobre de maior qualidade, que está mais caro no mercado. Além disso, a mão de obra envolvida na fabricação dessas peças também encareceu.
Outro ponto que pesa no preço são as tecnologias novas. As placas atuais precisam acompanhar recursos como PCI-E 5.0 e USB4.0, que exigem componentes mais avançados e, claro, mais caros.
Tem ainda um fator político e econômico que pode complicar ainda mais, as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Recentemente, o governo dos EUA estendeu a isenção de tarifas para placas-mãe e placas de vídeo importadas da China. Mas assim que esse prazo acabar, essas tarifas podem voltar, aumentando ainda mais os preços no mundo todo.
Vale lembrar que muitas dessas placas não são fabricadas só em Taiwan — elas também vêm da China. E se houver mudanças na relação comercial entre os países, as fabricantes podem repassar esse custo para o consumidor final.
E as placas antigas? Vão subir também?
Ainda não se sabe ao certo se o aumento vai afetar modelos mais antigos, como as placas com soquete AM4 da AMD ou LGA 1700 da Intel.
Mas não dá pra descartar essa possibilidade. Muitas vezes, esses aumentos acontecem de forma silenciosa, sem comunicado oficial das marcas. Então é bom ficar de olho.
Hoje, por exemplo, modelos intermediários da AMD série 800 já ultrapassam a faixa dos 300 dólares (mais de R$ 1.500 no Brasil, sem contar impostos e frete).
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Se os preços subirem mais uma vez, montar um PC pode ficar fora do alcance de muita gente — especialmente quem busca desempenho razoável gastando pouco.