O Vision Pro é uma das maiores apostas da Apple em realidade aumentada (RA), e já chegou ao mercado causando reações mistas entre os amantes de tecnologia.
Mesmo sendo um produto com preço alto – o que não o torna exatamente acessível para todo mundo – ele acabou conquistando o título de Gadget do Ano, segundo a Popular Science.
Mas, o que torna esse dispositivo tão especial a ponto de superar outras grandes inovações tecnológicas deste ano? Primeiro, vamos falar de números e especificações.
O Vision Pro é equipado com uma tela de 23 milhões de pixels, que entrega resolução superior à qualidade 4K para cada olho.
Isso é um salto gigante em relação à maioria dos headsets de realidade aumentada ou virtual disponíveis no mercado.
O dispositivo também oferece uma experiência de RA pura, com câmeras externas capturando o mundo real em tempo real e projetando na tela de forma fluida.
A interface intuitiva também é um diferencial. Não há controladores ou botões tradicionais. Tudo é controlado por gestos e comandos de voz, tornando a experiência mais natural.
Como bem colocou a Popular Science: "Na verdade, é chocante tirar o headset e ver o mundo real livre da IU flutuante."
A visão por trás do Vision Pro
Esse não é apenas mais um gadget comum. A Apple planeja que o Vision Pro seja uma plataforma central para entretenimento, jogos e produtividade.
Imagine assistir a um filme em uma tela que parece do tamanho de um cinema ou colaborar em projetos de trabalho com colegas ao redor do mundo, como se todos estivessem na mesma sala.
Aliás, aparentemente a Apple está trabalhando junto com a Sony para integrar o suporte ao controle PlayStation VR2 no Vision Pro.
Isso amplia as possibilidades de uso e torna o dispositivo mais atrativo para gamers – um mercado que não pode ser ignorado.
As barreiras do preço e o futuro da acessibilidade
Nem tudo são flores. O Vision Pro é incrível, mas custa caro. Com um preço que coloca o dispositivo fora do alcance da maioria das pessoas, as vendas foram modestas: cerca de 500.000 unidades desde o lançamento em fevereiro.
Porém, a Apple parece determinada a mudar isso. A empresa já sinalizou que está desenvolvendo versões mais acessíveis, com ajustes que possam atrair um público maior sem sacrificar a qualidade.
Outro fator que influencia a adoção em massa é o suporte de desenvolvedores. Para um dispositivo como esse decolar, ele precisa de aplicações que aproveitem todo o seu potencial.
Felizmente, a comunidade de desenvolvedores já está na ativa, criando experiências personalizadas para o Vision Pro.
O que fez o Vision Pro ganhar o prêmio Gadget do Ano?
A Popular Science apontou que o Vision Pro não é apenas uma peça de tecnologia, mas uma visão (com o perdão do trocadilho) do futuro da computação.
Ele não é apenas um gadget; é o ponto de partida para algo maior. A integração com outros produtos da Apple, como as câmeras do iPhone projetadas para criar vídeos espaciais, é um exemplo disso. O potencial é enorme.
Ainda assim, há margem para melhorar. A própria PopSci mencionou o aspecto "assustador" dos olhos projetados na tela externa do headset, algo que pode mudar nas próximas versões.
Se a Apple conseguir oferecer um preço mais amigável, o Vision Pro pode realmente se tornar um divisor de águas no mercado.
Sem dúvidas o Vision Pro é um dispositivo que mistura ousadia e inovação, com um toque de exclusividade. Por mais que o preço seja um obstáculo agora, é claro que a marca está pensando no longo prazo.
E convenhamos, se existe uma empresa que sabe transformar produtos de nicho em fenômenos globais, essa empresa é a Apple.
