A Apple tem investido pesado em sua plataforma de streaming, Apple TV+, lançando filmes como Killers of the Flower Moon e Napoleon nos cinemas para atrair mais assinantes.
No entanto, apesar dos altos orçamentos destinados a esses projetos, nenhum filme original da Apple conseguiu se destacar nas bilheterias.
Com custos operacionais que já ultrapassaram US$ 20 bilhões, a gigante de tecnologia de Cupertino pode estar reconsiderando essa estratégia.
De acordo com um relatório do The InSneider, a Apple está reavaliando a distribuição de seus filmes nos cinemas.
Um exemplo disso é Wolfs, uma comédia de suspense estrelada por Brad Pitt e George Clooney, que estava programada para um lançamento amplo em 20 de setembro.
Mas parece que o filme vai receber uma exibição limitada antes de ser disponibilizado no Apple TV+.
Esse movimento pode indicar que menos pessoas terão a chance de ver o filme nas telonas, mas parece estar alinhado com o objetivo da Apple de focar mais no crescimento do streaming do que no desempenho nas bilheterias.
A decisão de limitar os lançamentos nos cinemas pode estar relacionada à preocupação da Apple com a imagem de seus filmes.
Segundo a fonte, "a empresa de Cupertino está focada em relações públicas, e eles não querem lidar com a negatividade de ver seus filmes fracassando nas bilheterias". Mesmo que Wolfs tenha potencial, o timing ruim pode comprometer seu sucesso.
Curiosamente, uma exceção a essa mudança de estratégia é o filme de F1, também estrelado por Brad Pitt, que está programado para ser lançado no próximo verão pela Warner Bros.
A Apple ainda não se pronunciou oficialmente sobre essa mudança, mas tudo indica que a empresa está buscando maneiras de controlar melhor seus gastos exorbitantes.
Um relatório anterior já havia revelado que a Apple desembolsou cerca de US$ 500 milhões para projetos dirigidos por nomes de peso como Martin Scorsese, Ridley Scott e Matthew Vaughn, incluindo títulos como Killers of the Flower Moon, Napoleon e Argyle.
Além dos filmes, os custos de produção de séries originais também são alarmantes. Severance, por exemplo, custa US$ 20 milhões por episódio na segunda temporada, enquanto Silo consumiu US$ 300 milhões em uma única temporada.
Diante desses números, a decisão de evitar lançamentos amplos nos cinemas pode ser um passo necessário para frear essas despesas descontroladas.