A próxima geração de iPhones, que será lançada em breve, estava prevista para vir com os chips A19 e A19 Pro baseados no processo de fabricação de 2nm da TSMC.
Porém, de acordo com informações novas informações trazidas pelo WCCFTech, a Apple decidiu adiar o uso dessa tecnologia devido a desafios de produção.
Recentemente, a TSMC reportou um rendimento de 60% na fabricação experimental de 2nm, um número expressivo, mas ainda insuficiente para justificar pedidos em larga escala.
Apesar dos avanços na produção experimental, o custo por wafer de 2nm é altíssimo, chegando a US$ 30.000. Essa realidade torna inviável a adoção dessa tecnologia no iPhone 17.
Um relatório do MyDrivers aponta que a produção mensal da TSMC está atualmente limitada a apenas 10.000 wafers. Em 2024, esse número deve subir para 50.000 unidades, e até 2026 pode atingir 80.000 wafers por mês.
Esse crescimento na produção é fundamental para reduzir custos por meio de economia de escala. A alta demanda por tecnologias de ponta aumenta a pressão sobre empresas como a Apple.
Contudo, temos que levar em consideração como a empresa equilibra inovação e custos de produção. Decisões estratégicas como essas são fundamentais para manter a competitividade sem comprometer a lucratividade.
Soluções para reduzir custos
A TSMC está trabalhando em iniciativas como o serviço CyberShuttle, previsto para estrear em abril de 2024, de acordo com um relatório do China Times.
Essa abordagem, conhecida como wafer-sharing, concede as empresas o uso de um único wafer experimental, reduzindo os custos de desenvolvimento e podendo acelerar a adoção da tecnologia de 2nm em mercados mais amplos.
Além disso, a Apple planeja adotar um novo padrão de encapsulamento em 2026 com os chips A20 e A20 Pro. O Wafer-Level Multi-Chip Module (WMCM) pode otimizar o desempenho e reduzir o tamanho dos componentes.
Ainda que o iPhone 17 não receba a tecnologia de 2nm, analistas como Ming-Chi Kuo sugerem que o iPhone 18 pode ser o primeiro a utilizá-la, ainda que de forma limitada.
De início, provavelmente apenas os modelos premium contarão com os chips A20 de 2nm, dado o alto custo e os desafios de produção. A capacidade de produção será o divisor de águas para a adoção dessa tecnologia.
Enquanto a TSMC busca aumentar sua escala, a Apple segue com uma abordagem cautelosa, priorizando estratégias que alinhem inovação e viabilidade econômica.