Apple desiste de investir na OpenAI e Microsoft pode ampliar sua participação

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A Apple decidiu não investir mais na OpenAI, o que pegou muitos de surpresa, considerando que, anteriormente, havia rumores sobre uma possível integração do ChatGPT ao Siri e ao iOS 18.

Além disso, a empresa da maçã também cogitava aportar um bom valor na OpenAI, uma das startups de inteligência artificial (IA) mais valiosas do mercado.

No entanto, segundo um relatório recente, a gigante de Cupertino recuou e não irá mais destinar recursos à OpenAI.

Para aqueles que estão por fora, a OpenAI está prestes a fechar uma rodada de financiamento de cerca de US$ 6,5 bilhões, com grande parte desse valor sendo coberto por empresas como Microsoft e NVIDIA.

Microsoft se mantém como maior investidora da OpenAI

Atualmente, a Microsoft é a principal parceira da OpenAI e, de acordo com o relatório do The Wall Street Journal, a Apple teria considerado se envolver nesse movimento inédito, mas, por razões ainda desconhecidas, as negociações não evoluíram como o esperado.

"As conversas não chegaram a um ponto final satisfatório", disse uma fonte próxima ao assunto.

CEOs da OpenAI e da Microsoft
CEOs da OpenAI e da Microsoft, Sam Altman e Satya Nadella. Imagem: Justin Sullivan / Getty Images

Não se sabe o valor exato que a Apple pretendia investir na OpenAI, mas o que já está claro é que essa desistência abre espaço para outros investidores, como a própria Microsoft e NVIDIA, ampliarem sua participação na empresa.

A Microsoft, que já possui 49% dos lucros da OpenAI, tem grandes chances de aumentar ainda mais sua influência, possivelmente com um aporte adicional de US$ 1 bilhão.

Além disso, a Thrive Capital, uma firma de investimentos, também estaria disposta a colocar mais de US$ 1 bilhão. O cenário é promissor para a OpenAI em termos de captação de recursos, mas os desafios continuam.

Desafios financeiros e internos da OpenAI

Mesmo com o sucesso comercial do ChatGPT e o lançamento de modelos mais avançados, a OpenAI ainda passa por dificuldades financeiras consideráveis.

A empresa espera atingir uma receita de US$ 11,6 bilhões em 2025, mas atualmente está no vermelho, com perdas que já somam cerca de US$ 5 bilhões neste ano.

Esses problemas financeiros se somam a uma série de questões internas, como conflitos entre funcionários, atrasos técnicos e um ambiente de trabalho volátil, que culminou recentemente na saída de Mira Murati, Chief Technology Officer da OpenAI.

A renúncia de Murati levantou questões sobre a estabilidade interna da OpenAI, que tem sido descrita como uma "situação de tudo ou nada".

Mesmo com as previsões otimistas de receita, o sucesso da empresa dependerá muito de como ela vai superar esses obstáculos nos próximos anos.

O futuro da OpenAI e as expectativas da indústria de IA

Com a saída da Apple da jogada, as atenções se voltam para a próxima rodada de financiamento. A OpenAI ainda precisa levantar US$ 4,5 bilhões para atingir sua meta de US$ 6,5 bilhões.

Esse valor é muito importante para sustentar as operações e investir em melhorias tecnológicas que possam manter a startup competitiva no mercado de IA generativa.

A saída da Apple é vista como um grande golpe para a empresa, mas a OpenAI ainda tem grandes aliados, como a Microsoft e a NVIDIA, que permanecem comprometidos com a empresa.

Ainda assim, com um ambiente interno instável e perdas financeiras consideráveis, o futuro da OpenAI parece depender muito de sua capacidade de superar essas adversidades.

Romário Leite
Fundador do TecFoco. Atua na área de tecnologia há mais de 10 anos, com rotina constante de criação de conteúdo, análise técnica e desenvolvimento de código. Tem ampla experiência com linguagens de programação, sistemas e jogos. Estudou nas universidades UNIPÊ e FIS, tendo passagem também pela UFPB e UEPB. Hoje, usa todo seu conhecimento e experiência para produzir conteúdo focado em tecnologia.