Samsung adota Perplexity AI e aproxima Bixby do modelo usado pela Apple

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Apple costuma ser criticada por supostamente ficar atrás nas disputas de IA. Mesmo assim, a estrutura de IA criada pela empresa virou referência.

A prova disso é que a Samsung está adotando um caminho parecido ao anunciar uma parceria entre o Bixby e a Perplexity AI.

De certa forma, a sul-coreana acabou fazendo um gesto de admiração ao copiar justamente sua maior concorrente. A informação surgiu por meio do informante conhecido como "Semi-retired-ing" no X.

Segundo ele, o Bixby vai usar modelos da Perplexity AI para lidar com tarefas mais avançadas, seguindo a mesma lógica usada pela Apple no Siri. A novidade deve chegar com o lançamento da linha Galaxy S26 no começo do ano que vem.

Em vez de reconstruir o Bixby do zero — algo que custaria caro — a empresa decidiu adotar um modelo pronto e mais robusto da Perplexity, conectado ao seu assistente.

A Perplexity já oferece até 12 meses gratuitos do seu plano premium para donos de aparelhos Galaxy nos Estados Unidos. No Brasil isso ainda não está disponível, mas a integração pode ajudar usuários brasileiros no futuro quando recursos forem liberados por aqui.

A estratégia também pode ser uma tentativa de recuperar o espaço do Bixby dentro dos celulares da marca, já que o Gemini, do Google, domina as funções de IA.

A divisão de tarefas deve funcionar assim: o Bixby cuida das ações simples, como ajustar um alarme ou mudar alguma configuração interna. Já tarefas mais pesadas, como geração de imagens, ficam a cargo dos modelos da Perplexity.

O caminho que a Apple segue na IA

Atualmente, o Apple Intelligence usa modelos internos no próprio aparelho para tarefas básicas, enquanto aciona o ChatGPT da OpenAI quando algo mais complexo é solicitado. Mas isso vai mudar em breve.

No começo de novembro, surgiram informações de que a Apple pretende usar um modelo gigante do Gemini para turbinar a nova versão da Siri.

Esse modelo teria 1,2 trilhão de parâmetros — algo muito maior que o modelo atual, de 1,5 bilhão, usado nos servidores da empresa. A Apple chegou a testar o ChatGPT e o Claude, da Anthropic, antes de decidir por uma versão personalizada do Gemini.

Essa versão será usada para pedidos mais avançados que precisam ir para a nuvem, dentro da estrutura chamada Private Cloud Compute, onde os dados são anonimizados para proteger a privacidade do usuário.

Além disso, a Apple deve pagar cerca de US$ 1 bilhão por ano à Google para usar essa tecnologia proprietária. E isso se soma aos US$ 20 bilhões anuais que a Google paga à Apple para continuar como mecanismo de busca padrão no Safari e em outros serviços da marca.

Romário Leite
Fundador do TecFoco. Atua na área de tecnologia há mais de 10 anos, com rotina constante de criação de conteúdo, análise técnica e desenvolvimento de código. Tem ampla experiência com linguagens de programação, sistemas e jogos. Estudou nas universidades UNIPÊ e FIS, tendo passagem também pela UFPB e UEPB. Hoje, usa todo seu conhecimento e experiência para produzir conteúdo focado em tecnologia.