Apple costuma ser criticada por supostamente ficar atrás nas disputas de IA. Mesmo assim, a estrutura de IA criada pela empresa virou referência.
A prova disso é que a Samsung está adotando um caminho parecido ao anunciar uma parceria entre o Bixby e a Perplexity AI.
De certa forma, a sul-coreana acabou fazendo um gesto de admiração ao copiar justamente sua maior concorrente. A informação surgiu por meio do informante conhecido como "Semi-retired-ing" no X.
Confirmed: Bixby will have Perplexity integrated into it. Basic tasks will be handled by Bixby while complicated, more thinking tasks will be backed by Perplexity. Just like how ChatGPT x Apple Intelligence works. Debut during the S26 series Unpacked very likely.
— Semi-retired-ing (@chunvn8888) November 24, 2025
Segundo ele, o Bixby vai usar modelos da Perplexity AI para lidar com tarefas mais avançadas, seguindo a mesma lógica usada pela Apple no Siri. A novidade deve chegar com o lançamento da linha Galaxy S26 no começo do ano que vem.
Em vez de reconstruir o Bixby do zero — algo que custaria caro — a empresa decidiu adotar um modelo pronto e mais robusto da Perplexity, conectado ao seu assistente.
A Perplexity já oferece até 12 meses gratuitos do seu plano premium para donos de aparelhos Galaxy nos Estados Unidos. No Brasil isso ainda não está disponível, mas a integração pode ajudar usuários brasileiros no futuro quando recursos forem liberados por aqui.
A estratégia também pode ser uma tentativa de recuperar o espaço do Bixby dentro dos celulares da marca, já que o Gemini, do Google, domina as funções de IA.
A divisão de tarefas deve funcionar assim: o Bixby cuida das ações simples, como ajustar um alarme ou mudar alguma configuração interna. Já tarefas mais pesadas, como geração de imagens, ficam a cargo dos modelos da Perplexity.
O caminho que a Apple segue na IA
Atualmente, o Apple Intelligence usa modelos internos no próprio aparelho para tarefas básicas, enquanto aciona o ChatGPT da OpenAI quando algo mais complexo é solicitado. Mas isso vai mudar em breve.
No começo de novembro, surgiram informações de que a Apple pretende usar um modelo gigante do Gemini para turbinar a nova versão da Siri.
Esse modelo teria 1,2 trilhão de parâmetros — algo muito maior que o modelo atual, de 1,5 bilhão, usado nos servidores da empresa. A Apple chegou a testar o ChatGPT e o Claude, da Anthropic, antes de decidir por uma versão personalizada do Gemini.
Essa versão será usada para pedidos mais avançados que precisam ir para a nuvem, dentro da estrutura chamada Private Cloud Compute, onde os dados são anonimizados para proteger a privacidade do usuário.
Além disso, a Apple deve pagar cerca de US$ 1 bilhão por ano à Google para usar essa tecnologia proprietária. E isso se soma aos US$ 20 bilhões anuais que a Google paga à Apple para continuar como mecanismo de busca padrão no Safari e em outros serviços da marca.








