Pixel 10a pode chegar com chip antigo e armazenamento lento

Pixel 9a

Nos últimos anos, a linha Pixel "a" da Google conquistou espaço por trazer recursos avançados dos modelos topo de linha a um preço mais acessível.

Uma das principais estratégias da empresa era justamente aproveitar o mesmo processador usado na geração anterior dos modelos premium, garantindo desempenho sólido sem inflar os custos. Porém, tudo indica que essa receita de sucesso não será repetida no Pixel 10a, previsto para 2025.

De acordo com informações divulgadas pelo 9to5Google e pelo perfil Mystic Leaks, o aparelho de codinome "stallion" não deve vir equipado com o aguardado Tensor G5, mas sim com o Tensor G4, uma versão mais antiga do chip desenvolvido pela própria Google.

Além disso, o smartphone pode chegar apenas com armazenamento UFS 3.1, que é mais lento em comparação com o padrão UFS 4.0 já presente em concorrentes.

Segundo os vazamentos, a tela deve alcançar até 2.000 nits de brilho, o que é um ponto positivo para uso em ambientes externos.

Já o espaço interno inicial continua sendo de 128 GB, mas limitado pela tecnologia de memória mais ultrapassada. O destaque, porém, está no processador.

A escolha pelo Tensor G4 gera preocupação, principalmente pelo histórico recente. No Pixel 9a, o Tensor G3 usava a tecnologia de empacotamento IPoP (Integrated Package on Package) da Samsung, considerada inferior ao FOPLP (Fan-Out Panel Level Packaging).

O resultado foi um chip menos eficiente em dissipação de calor, que acabava esquentando mais do que deveria. Até agora, não há confirmação sobre qual técnica de empacotamento será aplicada no G4, mas há indícios de que o Pixel 10a também não terá câmara de vapor, o que pode agravar os problemas de aquecimento.

É verdade que o Tensor G5, fabricado em processo de 3nm N3P da TSMC, representa um salto tecnológico e também um custo maior para a produção.

O Tensor G4, por sua vez, continua sendo produzido pela Samsung em 4nm, o que ajuda a reduzir os gastos. A questão é: será que a diferença de preço para o consumidor final vai realmente compensar o corte de desempenho?

Se a Google não apresentar um valor competitivo, o Pixel 10a corre o risco de se tornar menos atraente frente à concorrência, que já oferece chips mais modernos, armazenamento mais rápido e melhor eficiência térmica em aparelhos da mesma faixa de preço.

Dito isso, a linha Pixel sempre foi vista como uma vitrine para o software da Google aliado a um hardware equilibrado. Porém, se as informações sobre o Pixel 10a se confirmarem, o modelo pode perder a força justamente em um mercado onde o equilíbrio entre custo e desempenho é o que mais pesa.