OpenAI, a empresa por trás do famoso ChatGPT, está se movimentando com força total. Com planos de lançar o GPT-5 ainda neste verão (entre junho e setembro), a empresa liderada por Sam Altman mostra que quer ir além do que já fez até agora.
O novo modelo deve trazer mais inteligência, respostas melhores e avanços que podem mudar de vez a forma como usamos a inteligência artificial no dia a dia.
Para quem não conhece, o GPT (Generative Pre-trained Transformer) é uma espécie de cérebro virtual. Ele aprende com textos da internet, livros, artigos e conversa com as pessoas como se fosse humano.
O ChatGPT, por exemplo, é baseado nesse tipo de tecnologia. Agora, com o GPT-5 chegando, a expectativa é que ele seja ainda mais avançado, entendendo melhor o que as pessoas querem, respondendo com mais clareza e oferecendo soluções mais precisas.
Um ponto importante nessa história toda é a relação entre a OpenAI e a Microsoft. A gigante da tecnologia investiu pesado na OpenAI, foram 13 bilhões de dólares, o que dá à Microsoft direito a quase metade dos lucros da empresa e acesso à tecnologia até 2030.
Além disso, ela recebe 20% da receita gerada pela OpenAI. Só que agora as coisas estão mudando. A OpenAI quer rever esse acordo.
Segundo o site The Information, a empresa está tentando fazer a Microsoft aceitar uma fatia menor: 33% de participação e abrir mão dos lucros futuros e do direito sobre suas tecnologias.
Esse movimento pode ser um passo para que a OpenAI vire uma empresa de capital aberto, ou seja, com ações na bolsa de valores, como outras grandes empresas do setor.
Preços mais baixos para bater de frente com a Microsoft
Mesmo com essa parceria ainda ativa, a OpenAI começou a competir diretamente com a própria Microsoft. A empresa está oferecendo descontos de 10% a 20% nos planos empresariais do ChatGPT para quem também contratar outros produtos do pacote.
Isso é uma estratégia para atrair mais empresas e mostrar que pode ser mais vantajosa que outras opções no mercado, inclusive as que usam sua própria tecnologia por meio da Microsoft.
Essa guerra de preços mostra que a OpenAI quer dominar o mercado corporativo de inteligência artificial, que movimenta bilhões de dólares por ano.
Concorrência pesada: xAI gasta bilhões e tenta se manter
Enquanto isso, a xAI, uma concorrente liderada por Elon Musk, também corre atrás. De acordo com a Bloomberg, a empresa está gastando cerca de 1 bilhão de dólares por mês e tenta levantar mais 9,3 bilhões para continuar funcionando.
A previsão de faturamento da xAI para este ano é de 500 milhões, ou seja, ainda está muito longe de se tornar lucrativa. Isso mostra o tamanho do desafio que é competir com a OpenAI nesse setor.
OpenAI conquista espaço no governo dos Estados Unidos
Outro sinal de que a OpenAI está crescendo e ganhando força veio com um contrato de peso. A empresa conseguiu um acordo de 200 milhões de dólares com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos para desenvolver soluções de inteligência artificial.
Esse contrato tem duração de um ano e é um dos maiores já feitos pelo governo norte-americano na área. Até então, quem dominava esse tipo de contrato era a Palantir, empresa que fornece sistemas de análise de dados para o governo e as forças armadas.
A maior receita anual da Palantir, por exemplo, vem do programa Maven Smart System, com cerca de 210 milhões de dólares por ano. Ou seja, a OpenAI chegou com tudo e está entrando forte em um território que antes era quase exclusivo da Palantir.
Sam Altman anuncia chegada do GPT-5
Sam Altman, CEO da OpenAI, revelou recentemente em um podcast da própria empresa que o GPT-5 deve ser lançado em breve, ainda neste verão. Mas não há uma data exata ainda.
Isso tem gerado grande expectativa no mundo da tecnologia, porque cada nova versão do GPT costuma trazer melhorias que afetam diretamente várias áreas: educação, saúde, atendimento ao cliente, criação de conteúdo e muito mais.
Ainda não foram divulgados todos os detalhes técnicos, mas tudo indica que o GPT-5 será mais rápido, mais preciso e mais "humano" nas respostas.
Isso pode facilitar o uso da IA por pessoas com pouca familiaridade com tecnologia, tornando ferramentas como o ChatGPT ainda mais úteis no dia a dia de empresas, profissionais autônomos e até mesmo no uso pessoal.
Essa nova versão também pode ampliar o alcance da inteligência artificial em áreas onde ainda há resistência, como serviços públicos, pequenas empresas e educação popular.