Meta tenta salvar o Facebook e recuperar sua popularidade

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Você já percebeu que o Facebook não tem mais o mesmo brilho de antes? Pois é, isso não é só impressão sua. Documentos internos da própria Meta, a empresa dona do Facebook, mostram que até os chefões lá dentro estão preocupados com isso.

E olha que não é de agora, não. Essas conversas internas vieram à tona durante um processo judicial nos Estados Unidos, onde a empresa está sendo investigada por práticas anticompetitivas.

Para os jovens de hoje da geração TikTok, o Facebook já foi o rei das redes sociais. Era onde todo mundo estava, onde se fazia amigos, compartilhava fotos da família e dava aquela espiadinha na vida alheia.

Só que o tempo passou, e outras redes começaram a chamar mais atenção, principalmente entre os mais jovens. TikTok, Instagram, YouTube... hoje as pessoas querem ver conteúdo rápido, criativo e feito por criadores famosos — não só atualizações de amigos da escola.

E esse é justamente o ponto da preocupação da Meta. O jeito antigo do Facebook funcionar, focado em amigos e conhecidos, não está mais dando certo.

Em e-mails internos divulgados no processo, o próprio Mark Zuckerberg comentou, lá em 2022, que o "modelo de amigos" parecia estar ficando ultrapassado.

Essa discussão não é só uma crise de identidade do Facebook. Ela mexe com o futuro da rede social. Quando as pessoas começam a gastar mais tempo em outras plataformas, o Facebook perde força — e, junto com isso, perde usuários, anunciantes e espaço no mercado.

O problema é tão sério que a própria Meta reconheceu isso numa reunião de resultados no início de 2025. O objetivo declarado da empresa é trazer de volta o que eles chamaram de "OG Facebook" — ou seja, o Facebook das antigas, aquele que as pessoas realmente curtiam usar.

O que a Meta está tentando fazer?

Pra tentar virar o jogo, a Meta fez algumas mudanças importantes. Uma delas foi mexer na aba de Amigos, tentando resgatar o sentimento de conexão mais íntima e pessoal.

A ideia era fazer com que o usuário voltasse a sentir que estava perto dos amigos de verdade, não só vendo vídeos aleatórios.

Zuckerberg até sugeriu uma ideia radical de apagar todas as conexões de amizade e deixar os usuários reconstruírem seus laços do zero.

Isso mesmo, tipo um recomeço total. Essa proposta não foi pra frente, mas mostra o quanto eles estão dispostos a tentar qualquer coisa pra recuperar a relevância.

Mesmo em 2025, o Facebook ainda tenta se adaptar a essa nova realidade. Como fazer uma rede social criada pra conectar amigos competir com plataformas dominadas por conteúdo viral, criadores famosos e vídeos de poucos segundos?

A Meta ainda é uma gigante da tecnologia, mas manter o Facebook vivo e atraente não vai ser tarefa fácil. A empresa está correndo contra o tempo, tentando equilibrar inovação com a identidade que fez sucesso no passado.

Se vai dar certo? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa, o Facebook está longe de ser esquecido, e a briga por atenção continua firme nas redes.

Romário Leite
Fundador do TecFoco. Atua na área de tecnologia há mais de 10 anos, com rotina constante de criação de conteúdo, análise técnica e desenvolvimento de código. Tem ampla experiência com linguagens de programação, sistemas e jogos. Estudou nas universidades UNIPÊ e FIS, tendo passagem também pela UFPB e UEPB. Hoje, usa todo seu conhecimento e experiência para produzir conteúdo focado em tecnologia.