O cerco está fechando pros gigantes da tecnologia, e a Meta entrou de vez nessa encrenca. A empresa, que é dona do Instagram e do WhatsApp, tá enfrentando um processo pesado nos Estados Unidos, movido pela Comissão Federal de Comércio (FTC).
O motivo? O governo quer provar que a Meta usou a compra dessas duas redes pra dominar o mercado e acabar com a concorrência.
Esse julgamento, que começa no dia 14 de abril, segundo uma reportagem da Bloomberg, deve agitar o setor de tecnologia e pode mudar o rumo das redes sociais.
A coisa é tão séria que existe a chance real de o governo forçar a Meta a se desfazer do Instagram e do WhatsApp. Ou seja, separar tudo e cada um seguir seu caminho.
- Leia também: Meta começa a testar seu próprio chip de IA
Tudo começou em 2012, quando o Facebook (que hoje é a Meta) comprou o Instagram. Dois anos depois, fez o mesmo com o WhatsApp. Na época, essas aquisições até passaram pela aprovação dos órgãos reguladores.
Só que agora o FTC voltou atrás e decidiu que isso deu poder demais pra uma empresa só. Eles alegam que a Meta criou um monopólio — ou seja, praticamente dominou o mercado e não deixou espaço pra concorrência.
O FTC argumenta que essa concentração toda só piorou as coisas. Segundo eles, a qualidade dos serviços caiu, a privacidade ficou mais frágil e o número de anúncios aumentou. E como tem pouca concorrência, os usuários ficam sem opções melhores.
O que a Meta diz sobre tudo isso?
Do lado da Meta, a história é bem diferente. A empresa afirma que comprou o Instagram e o WhatsApp pra crescer e alcançar mais gente.
E que, desde então, a competição só aumentou, com várias outras redes sociais surgindo no mercado. Eles também batem na tecla de que, se essas aquisições foram aprovadas lá atrás, não faz sentido serem questionadas agora.
Outro ponto que a Meta levanta é que a visão do FTC sobre o que é "dominar o mercado" tá ultrapassada. O mundo da tecnologia muda rápido e, segundo a empresa, não dá pra enxergar esse mercado de forma tão limitada como o governo tá fazendo.
O que pode acontecer?
Se o FTC ganhar a causa, a Meta pode ser obrigada a vender o Instagram e o WhatsApp. E isso não é pouca coisa. Vai mexer com bilhões de usuários, com a forma como a gente se comunica e até com o jeito que as empresas anunciam.
A decisão pode virar um marco e servir de exemplo pra outras ações contra empresas grandes do setor de tecnologia. O julgamento vai rolar em Washington, D.C., e deve durar cerca de dois meses.
Mesmo com a Meta tentando influenciar decisões nos bastidores, a coisa tá indo pra frente, e o resultado pode mexer não só com a Meta, mas com todo o ecossistema digital.
Pra quem usa redes sociais no dia a dia, isso pode significar mudanças nos aplicativos que já fazem parte da rotina. Talvez a integração entre eles fique mais limitada ou até desapareça.
Também pode abrir espaço pra surgir novas opções no mercado — com mais inovação e menos propagandas forçadas. Fora que aumenta a pressão pra que as empresas respeitem mais a privacidade do usuário.
Essa disputa mostra como o governo tá mais atento ao comportamento das empresas de tecnologia. E, mesmo que pareça algo distante, no final das contas isso influencia a vida de todo mundo que usa um celular pra se comunicar, trabalhar ou se entreter.