TecFoco / Inteligência Artificial / Meta começa a testar seu próprio chip de IA

Meta começa a testar seu próprio chip de IA

Imagem de: Meta começa a testar seu próprio chip de IA

A Meta está investindo pesado em inteligência artificial, mas o preço disso não é nada barato. Estima-se que os custos com infraestrutura de IA da empresa possam chegar a US$ 65 bilhões, enquanto os gastos totais devem ficar entre US$ 114 bilhões e US$ 119 bilhões.

Para tentar aliviar esse peso no bolso, a big tech decidiu desenvolver seu próprio chip de IA e, segundo um relatório recente que cita fontes ligadas a Reuters, já está fazendo progressos nessa área.

Em breve, uma pequena quantidade desses chips deve começar a ser testada, o que pode ajudar a Meta a reduzir a dependência das caríssimas GPUs da NVIDIA, amplamente utilizadas para treinar inteligência artificial.

A jornada para criar um chip próprio não foi fácil. A Meta já havia abandonado esse projeto no passado, provavelmente por conta de dificuldades técnicas.

Porém, parece que os executivos voltaram atrás e estão confiantes de que a nova tecnologia poderá ser usada para treinar IA até 2026. A ideia é que, se os testes forem bem-sucedidos, a produção seja ampliada.

Segundo informações obtidas pela Reuters, o novo chip da Meta é um acelerador especializado, projetado exclusivamente para tarefas relacionadas à inteligência artificial.

Isso significa que, além de economizar dinheiro ao substituir as GPUs da NVIDIA, o chip também pode reduzir o consumo de energia da infraestrutura da empresa.

Isso acontece porque ele é desenvolvido especificamente para essas funções, sem precisar da flexibilidade das GPUs tradicionais, que são mais genéricas.

Produção do chip fica a cargo da TSMC

A fabricação desse novo chip ficará nas mãos da TSMC, uma das maiores fabricantes de semicondutores do mundo. Porém, ainda não foi revelado qual será o processo de produção utilizado.

O que se sabe é que a Meta já completou com sucesso a primeira fase do desenvolvimento, conhecida como "tape-out". Essa etapa é extremamente complexa e cara, podendo levar até seis meses e custar milhões de dólares.

E mesmo depois de tudo isso, não há garantia de que o chip funcione como esperado. Caso seja necessário corrigir problemas, a empresa precisará repetir todo o processo, aumentando ainda mais os custos.

Apesar dos desafios, a Meta parece determinada a seguir em frente. A ideia é que esses chips sejam utilizados inicialmente para treinar os sistemas internos da empresa e, depois, sejam aplicados a produtos de IA generativa, como chatbots inteligentes.

Por enquanto, a NVIDIA continua lucrando com suas GPUs de alto desempenho, já que a Meta é uma de suas maiores clientes.

Especialistas questionam se aumentar o poder das GPUs é a melhor estratégia para aprimorar os modelos de inteligência artificial.

Com chips especializados, a Meta pode reduzir o espaço necessário para armazenar e resfriar esse hardware, tornando sua infraestrutura mais eficiente.

Agora, resta esperar para ver quanto tempo a empresa levará para produzir a primeira unidade funcional do seu chip de IA.