Meta aposta tudo em 2025 para firmar sucesso do Metaverso

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A disputa no campo de dispositivos de realidade mista nunca foi tão intensa, com empresas como Apple e Microsoft apresentando inovações de peso nos últimos anos.

O Vision Pro da Apple e o HoloLens da Microsoft ganharam os holofotes no mundo tech por suas aplicações práticas tanto no ambiente de trabalho quanto no setor de entretenimento.

Porém, a Meta, que tem se dedicado ao desenvolvimento do Metaverso e apostado grandes recursos nessa tecnologia, tem tido dificuldades.

Seus esforços no mercado não alcançaram a popularidade esperada, e muitos consumidores ainda se mostram desconfiados quanto à utilidade real dessas inovações no cotidiano.

Diante disso, a Meta parece estar em um ponto de inflexão, decidindo se continuará investindo nesse projeto ou se mudará sua abordagem para outras frentes.

2025 definirá o futuro do Metaverso

Apesar do entusiasmo inicial com o Metaverso, que a Meta promoveu como a próxima grande revolução na interação digital, a resposta morna dos consumidores fez a empresa reavaliar seus planos.

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O cenário para 2025 se configura como um período decisivo para definir o destino dessa tecnologia emergente, levando a Meta a decidir entre apostar seus recursos na realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV) ou redirecionar seus investimentos para outros projetos.

Andrew Bosworth, Chief Technology Officer (CTO) da Meta, tem falado sobre a urgência dessa decisão. Ele estabeleceu um prazo de um ano para que a empresa mostre resultados tangíveis.

Em um fórum interno, divulgado pelo Business Insider, Bosworth afirmou que o sucesso do Metaverso será determinado até 2025.

O foco agora está em pressionar a equipe dos Reality Labs, a divisão responsável pelos dispositivos de RA/RV, para que mostrem avanços substanciais, sem os quais a Meta pode repensar sua trajetória nesse mercado.

"Temos o melhor portfólio de produtos que já tivemos no mercado e estamos ampliando nossa vantagem ao lançar mais meia dúzia de wearables com tecnologia de IA. Precisamos impulsionar vendas, retenção e engajamento em todos os setores, mas especialmente em MR. E o Horizon Worlds no celular precisa absolutamente estourar para que nossos planos de longo prazo tenham uma chance", afirmou Bosworth, destacando a importância da plataforma Horizon Worlds e seu desempenho no celular para o futuro da Meta nesse campo.

O Metaverso e a mudança de prioridades

A reunião interna vazada revelou que Mark Zuckerberg, CEO da Meta, também projeta um ano desafiador à frente. Ele tem se concentrado na manutenção da liderança no mercado de óculos inteligentes, dado que esse segmento parece crescer a um ritmo mais acelerado do que o esperado.

Isso coloca os headsets Quest VR em uma posição secundária, com maior foco nos wearables de RA, que, embora não ofereçam uma experiência completa de RV, têm atraído mais atenção e recursos.

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Essa mudança de foco pode afetar os objetivos de longo prazo da Meta em relação ao Metaverso, mudando o rumo de suas inovações e o impacto de sua plataforma.

Em sua análise, Bosworth reconheceu que o ano anterior foi o mais produtivo para a Reality Labs, com o lançamento de novos produtos e recursos. Contudo, o impacto geral desses avanços foi limitado.

O foco maior no desenvolvimento dos óculos inteligentes Ray-Ban e na integração de inteligência artificial (IA) fez com que os esforços da divisão fossem direcionados para um público menor.

Ainda assim, Bosworth tem grandes expectativas de que, com uma equipe mais enxuta, a Meta consiga acelerar a execução dos planos existentes, em vez de se distrair com novas ideias.

O futuro de Horizon Worlds e os próximos passos

Para Bosworth, o futuro da plataforma Horizon Worlds, o principal produto do Metaverso da Meta, passa por uma virada decisiva.

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Ele alerta que, se a empresa não alcançar um desempenho satisfatório no próximo ano, o fracasso será visto como uma "desventura lendária".

Essa expressão sublinha a gravidade da situação e como 2025 pode reconfigurar os esforços da Meta no desenvolvimento de RA/RV, alterando profundamente a direção estratégica da empresa.

Neste cenário de crescente pressão, a Meta está em uma encruzilhada: decidir se continuará apostando no Metaverso ou se redirecionará seus recursos para outras tecnologias que apresentem resultados mais imediatos e tangíveis.