A Intel anunciou que a nova tecnologia de fabricação de chips, chamada 18A, entrou na fase chamada de "produção de risco".
Isso quer dizer que eles já estão testando a fabricação em pequena escala e, se tudo correr como esperado, a produção em massa está chegando logo ali na frente.
O que é essa tal de produção de risco?
Pra quem não está por dentro, produção de risco é uma etapa onde a empresa começa a fazer os primeiros chips usando o novo processo. Mas ainda não é em grande quantidade, tá? É tipo uma fase de testes.
Eles fazem alguns chips pra ver se tudo tá funcionando direitinho, se o rendimento tá bom e se não tem erro no processo de fabricação. A ideia é evitar prejuízo lá na frente, antes de começar a produzir de verdade pra vender no mercado.
A Intel tem passado por uma fase meio devagar nos últimos anos, principalmente com a parte de fundição (a divisão que fabrica chips não só pra ela, mas também pra outras empresas).
Essa divisão perdeu espaço pra concorrentes fortes como a TSMC e a Samsung. Só que agora, com essa tecnologia 18A, eles querem mostrar que ainda sabem fazer chip de ponta.
Intel 18A has entered risk production 👏.
This final stage is about stress-testing volume manufacturing before scaling up to high volume in the second half of 2025. #IntelVision pic.twitter.com/SWzoZvbVO5
— Intel News (@intelnews) April 1, 2025
Essa nova geração vai ser usada primeiro nos chips Panther Lake, que devem chegar ao mercado lá pra 2026. Esses chips vão mostrar se a tecnologia 18A realmente dá conta do recado e consegue competir com os gigantes do setor.
A grande inovação do 18A é algo chamado BSPDN, ou seja, "alimentação elétrica pela parte de trás". Na prática, isso muda o caminho por onde a energia passa dentro do chip, deixando a parte da frente mais livre pra colocar os componentes que fazem ele funcionar.
Isso melhora o desempenho e ajuda a economizar energia. Além disso, a Intel tá falando que a versão de alta densidade dessa tecnologia consegue alcançar uma densidade de 38,1 megabits por milímetro quadrado (Mb/mm²), o que é um número bem alto.
Quanto maior essa densidade, mais coisa cabe no chip e melhor ele costuma ser. Mesmo depois de tantos atrasos e polêmicas nos últimos anos, a Intel parece estar mais confiante com esse novo passo.
Com o 18A entrando nessa fase de testes, tudo indica que o processo tá mais maduro e pronto pra sair do papel. Se os resultados forem bons, isso pode recolocar a empresa como uma das principais fornecedoras de chips do mundo.
A ideia da Intel é que essa nova tecnologia seja usada tanto nos produtos dela quanto em chips feitos sob encomenda pra outras empresas. Isso seria ótimo pra atrair novos clientes e, quem sabe, virar uma concorrente de peso de novo nesse mercado.