Pat Gelsinger, que esteve à frente da Intel desde 2021, deixou o cargo em dezembro de 2024 e passou o bastão para Lip-Bu Tan.
Agora, em uma entrevista à CNBC, Gelsinger compartilhou sua visão sobre os desafios que seu sucessor enfrentará e a importância de dar continuidade ao trabalho de recuperação da empresa.
Durante seu tempo como CEO, Gelsinger tentou transformar a Intel, principalmente no setor de fabricação de chips, investindo no modelo de negócios conhecido como IDM 2.0.
O plano era estabelecer uma das mais avançadas redes de fábricas de semicondutores do mundo, mas a execução esbarrou em dificuldades financeiras e na pressão dos investidores de Wall Street.
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Ele afirmou que, apesar de sua saída, ainda acredita que essa estratégia é o melhor caminho para garantir retornos expressivos no longo prazo.
Segundo Gelsinger, a Intel tem um papel essencial na indústria de semicondutores, não apenas para o setor, mas também para a economia dos Estados Unidos como um todo.
A pressão de Wall Street e a gestão de curto prazo
Gelsinger criticou a abordagem de curto prazo adotada por Wall Street, que pressiona empresas como a Intel a entregar resultados imediatos, sem considerar os investimentos necessários para mudanças estruturais.
Ele explicou que transformar uma gigante da tecnologia exige tempo e recursos, algo que nem sempre é bem visto pelo mercado financeiro. Para ele, esse foi um dos principais motivos pelos quais teve que deixar o cargo.
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A expectativa dos investidores não estava alinhada com a sua visão de longo prazo para a empresa, o que acabou gerando dificuldades na implementação das mudanças planejadas.
O futuro da Intel está nas mãos de Lip-Bu Tan
Agora, o desafio está nas mãos de Lip-Bu Tan, que precisará lidar com essa pressão do mercado enquanto mantém o foco na reestruturação da empresa.
Gelsinger expressou confiança no novo CEO e disse que continuará torcendo para que a equipe siga adiante com a transformação da Intel.
Ainda não se sabe exatamente quais serão as estratégias adotadas por Tan, mas uma coisa é certa: ele terá um caminho complicado pela frente.
A empresa enfrenta concorrência pesada, além da necessidade de modernizar suas fábricas e recuperar a confiança dos investidores.
A Intel está em um momento decisivo. Com a saída de Gelsinger e a chegada de Lip-Bu Tan, a empresa precisa equilibrar inovação tecnológica e expectativas do mercado financeiro.
A questão agora é se o novo CEO conseguirá manter o plano de revitalização da empresa enquanto enfrenta os desafios impostos por Wall Street.
