EUA banem software Kaspersky alegando risco à segurança nacional

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O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou, na última quinta-feira (20), uma decisão que proíbe a subsidiária americana da Kaspersky Lab, com sede em Moscou, de comercializar seus softwares de segurança dentro do território americano.

A medida, que alega "risco à segurança nacional", impede tanto a venda direta quanto indireta desses produtos para cidadãos e empresas nos EUA.

A proibição está fundamentada nas capacidades cibernéticas ofensivas do governo russo e na possibilidade de influência direta sobre as operações da Kaspersky, algo que não poderia ser mitigado sem uma proibição total.

Em um comunicado oficial, o Departamento de Comércio disse que a Kaspersky não poderá mais, entre outras atividades, vender seu software nos EUA ou fornecer atualizações para os produtos já em uso.

Além disso, a agência adicionou três entidades à lista de entidades de preocupação de segurança nacional devido à sua cooperação com autoridades militares e de inteligência russas.

Essas entidades são: AO Kaspersky Lab, OOO Kaspersky Group (Rússia) e Kaspersky Labs Limited (Reino Unido). Essas empresas estão sendo acusadas de apoiar os objetivos de ciberinformação do governo russo.

A proibição imposta ao software Kaspersky é uma medida inédita, que revela o temor dos EUA em relação às origens russas da empresa e ao potencial risco à segurança nacional e privacidade dos usuários.

A partir de 20 de julho, a Kaspersky estará proibida de vender seus produtos de software para clientes individuais e corporativos nos EUA. Contudo, os usuários existentes poderão receber atualizações de software e segurança até 29 de setembro deste ano.

Raimpondo, um representante do Departamento de Comércio, recomendou que os usuários busquem imediatamente alternativas ao Kaspersky para evitar a degradação dos serviços e a exposição de dados pessoais ou sensíveis.

A agência incentivou uma rápida transição para novos fornecedores dentro de 100 dias, minimizando assim os riscos cibernéticos decorrentes da falta de cobertura de segurança.

Resposta da Kaspersky às acusações

Em resposta à decisão, a Kaspersky afirmou que a medida do governo dos EUA "ignora injustamente" as medidas de transparência que a empresa adotou para demonstrar seu compromisso com a integridade e confiabilidade.

A Kaspersky, uma multinacional presente em 31 países e atendendo mais de 400 milhões de usuários em todo o mundo, incluindo 270.000 clientes corporativos, defende a robustez de seus produtos e serviços de segurança cibernética.

A decisão do Departamento de Comércio dos EUA de proibir a Kaspersky é mais um caso que demonstra a crescente preocupação com a segurança cibernética e a proteção de dados nacionais.