Nos últimos tempos, o mercado de tecnologia tem passado por mudanças profundas. As grandes empresas do setor estão apostando cada vez mais em inteligência artificial (IA) e buscando reduzir custos para manter a competitividade.
Dentro dessa nova realidade, a Intel — uma das maiores fabricantes de chips do mundo — vem tendo dificuldades sérias. A empresa anunciou que vai demitir mais de 5.500 funcionários nos Estados Unidos.
Os cortes mais pesados serão nos estados da Califórnia, Oregon e Arizona. Só na Califórnia, serão quase 2 mil postos de trabalho eliminados. No Oregon, o número passa de 2.900, e no Arizona, cerca de 700 pessoas perderão seus empregos.
Esse movimento faz parte de uma tentativa da empresa de se reorganizar para voltar a crescer. Apesar de ser um nome forte no setor, a Intel tem ficado para trás em relação a concorrentes como NVIDIA, Samsung, IBM e TSMC.
Esses concorrentes estão na frente principalmente na produção de chips mais modernos e no desenvolvimento de soluções voltadas para inteligência artificial — uma área que hoje é o coração da tecnologia.
Enquanto empresas como TSMC e Samsung já estão fabricando chips de 3 nanômetros (muito mais potentes e eficientes), a Intel enfrenta atrasos em suas fábricas e dificuldades para lançar produtos competitivos.
Essa lentidão fez com que a companhia perdesse espaço no mercado e deixasse de atender bem tanto o consumidor final quanto as empresas.
Como resultado, a Intel teve um prejuízo de aproximadamente 887 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2025. Além disso, a receita com a venda de produtos caiu 3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Durante uma conferência com investidores em abril, o CEO da Intel, Lip Bu Tan, já havia sinalizado que mudanças grandes estavam por vir.
Ele explicou que a empresa precisava eliminar processos internos que estavam atrapalhando o crescimento. O corte de funcionários faz parte desse plano.
Outro ponto importante é que a própria Intel reconheceu que não está mais entre as 10 maiores empresas do setor de semicondutores.
Isso é um sinal de que a empresa está tentando reagir antes que a situação piore ainda mais. Mas a Intel não está sozinha nessa onda de reestruturações.
Outras gigantes da tecnologia, como Microsoft, Google e Meta (antigo Facebook), também vêm passando por demissões em massa, sempre com o objetivo de reduzir gastos e investir mais em IA, que tem sido vista como a principal tecnologia do futuro.