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Empresas japonesas de Anime derrubam sites piratas no Brasil

Por Romário Leite 17/12/2024 às 23:29 2 min de leitura

O mundo dos animes continua conquistando fãs ao redor do globo, e o Brasil é um dos países que mais abraçou essa cultura.

Porém, essa paixão também alimenta um mercado paralelo de sites piratas, o que levou as gigantes do setor a apertarem o cerco contra essas práticas.

Recentemente, a Content Overseas Distribution Association (CODA), uma organização japonesa antipirataria, anunciou o fechamento de 15 sites ilegais no Brasil, incluindo o Bakashi.tv, o terceiro mais acessado no país.

A operação, que iniciou no início deste ano, faz parte dos esforços para proteger os direitos de autor e garantir que os criadores de conteúdo sejam devidamente remunerados.

Com o apoio de grandes produtoras, como Toei Animation, Toho Co. e Bandai Namco Filmworks, o CODA tem adotado uma abordagem incisiva para combater a pirataria internacional, usando táticas que vão além do tradicional.

A tática que está fazendo a diferença

Inspirando-se em métodos usados pela Motion Picture Association (MPA) e pela coalizão ACE, a CODA trouxe ao Brasil a estratégia conhecida como "knock-and-talk".

Diferentemente de notificações legais enviadas por e-mail ou correio, essa estratégia envolve visitas diretas aos responsáveis pelos sites piratas.

Os representantes da CODA literalmente batem à porta desses operadores, entregando documentos e explicando as implicações legais de suas ações.

Os efeitos dessa abordagem é profundo, pois coloca os infratores frente a frente com a realidade das consequências deste tipo de prática.

"Os operadores tomaram medidas para esconder suas atividades, como o bloqueio de IPs japoneses e a disponibilização de conteúdo legendado em português, mas essa operação mostrou que nenhum subterfúgio é infalível", disse a CODA.

O alcance da pirataria no Brasil

Os dados revelados pelo CODA são impressionantes. O Bakashi.tv, que era um dos pilares da pirataria de animes no Brasil, chegou a registrar mais de 9 milhões de acessos em um único mês antes de ser desativado.

No total, os 15 sites derrubados no Brasil somavam uma média mensal de 7,95 milhões de visitas entre agosto e outubro de 2024.

Esses números mostram a popularidade dos animes no Brasil e também o quanto os consumidores brasileiros recorrem a plataformas não oficiais.

Apesar do fechamento do Bakashi.tv, alternativas piratas rapidamente surgiram, como uma tentativa de substituição usando um domínio similar.

Porém, relatos indicam que os novos sites estão tendo dificuldades para replicar o alcance e a qualidade dos conteúdos originais.

A guerra contra a pirataria não para

O CODA comemorou essa vitória, mas a batalha contra a pirataria é longa. O fechamento de sites é apenas uma parte do processo.

Segundo especialistas, o mais difícil é impedir que novos domínios surjam para ocupar o espaço deixado pelos anteriores.

Outro ponto crítico é a conscientização do público. Muitos fãs consomem animes em sites piratas sem saber dos riscos envolvidos.

Cada clique em um site ilegal prejudica a indústria, tira o mérito dos criadores e reduz os recursos disponíveis para futuros projetos.

Nesse contexto, as empresas e organizações do setor têm investido cada vez mais em plataformas legais e acessíveis, como forma de oferecer uma alternativa viável aos consumidores.

Se você é fã de anime, considere apoiar os criadores através de plataformas oficiais como Crunchyroll, Funimation ou Netflix.

Além de evitar problemas legais, essa é a melhor maneira de garantir o futuro da indústria. Veja abaixo os sites afetados pela Operação Anime (Brasil) 2024.