China tenta copiar máquinas da ASML com engenharia reversa e acaba danificando equipamento

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Em um esforço para avançar na produção de semicondutores, engenheiros chineses fizeram uma tentativa de "decifrar" as máquinas de litografia DUV da ASML — mas acabaram quebrando o equipamento e precisaram chamar a própria empresa holandesa para resolver a situação.

A indústria de chips na China tem um obstáculo importante quando o assunto é aumentar a capacidade de produção. A principal barreira é a falta de equipamentos de litografia de alta precisão em suas fábricas.

Sem essas máquinas, empresas como a SMIC ficam limitadas a volumes específicos de produção e não conseguem expandir de forma significativa há vários anos.

Para contornar isso, além de desenvolverem alternativas internas, engenheiros chineses tentaram desmontar e estudar as máquinas DUV da ASML, segundo reportagem do site The National Interest. Porém, o resultado foi desastroso.

Fontes relatam que, nos últimos meses, os chineses foram flagrados tentando reverter a engenharia das máquinas DUV da ASML. Durante a desmontagem de um dos sistemas mais antigos, eles acabaram danificando o equipamento.

O que aconteceu em seguida é quase cômico. A equipe chinesa ligou para a ASML pedindo suporte técnico para consertar a máquina quebrada.

Quando os técnicos holandeses chegaram à China, perceberam que o problema não era um defeito comum, mas sim o resultado da tentativa de desmontar e remontar a máquina.

Essa situação, além de inusitada, mostra o quanto a China está determinada a alcançar avanços na indústria de chips. A reportagem não confirma a identidade das fontes, e a ASML ainda não comentou oficialmente sobre o caso.

Máquina EUV da ASML
Uma máquina ASML EUV com aproximadamente o tamanho de um ônibus.

Tentar reverter a engenharia de uma máquina DUV é extremamente complicado. Esses equipamentos envolvem sistemas de altíssima precisão e peças muito delicadas.

A ASML é referência mundial na fabricação dessas máquinas, e "decifrar" sua tecnologia interna não é tão simples quanto parece.

Além disso, as máquinas mantêm calibrações específicas, rotinas de teste e peças de reposição integradas, tornando a própria fabricante a única capaz de lidar com elas de forma segura.

Apesar de avanços na produção doméstica de equipamentos de litografia, a China ainda não conseguiu atingir o nível de qualidade das máquinas holandesas.

Até agora, qualquer tentativa de replicar esses sistemas acaba em grandes limitações, mostrando que o caminho para a autonomia tecnológica no setor de semicondutores ainda é longo.