Lee Jae-yong, vice-presidente da Samsung, foi condenado a dois anos e meio de prisão nesta segunda-feira (18) pelo Tribunal Superior de Seul por acusações de corrupção e suborno.
Lee, de 52 anos, foi considerado culpado da acusação de subornar uma afiliada do ex-presidente sul-coreano Park Geun-hye em troca de apoio político para uma fusão entre duas afiliadas da Samsung que aumentaram seu controle sobre a empresa.
Lee já havia sido condenado a 5 anos de prisão em agosto de 2017 pelas mesmas acusações por um tribunal distrital. Mas ele negou qualquer irregularidade e a sentença foi reduzida e suspensa por recurso em fevereiro de 2018.
Lee foi libertado após passar cerca de um ano na prisão, o que significava que ele estava livre para partir. No entanto, o Supremo Tribunal sul-coreano devolveu o caso ao Supremo Tribunal de Seul pedindo um novo julgamento, que emitiu a decisão de segunda-feira.
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O tribunal de Seul disse: "Lee ativamente ofereceu subornos e implicitamente pediu à presidente que usasse seu poder para ajudar em sua sucessão tranquila".
Acrescentando: "é uma pena que a Samsung, a principal empresa do país e orgulhosa inovadora global, esteja repetidamente envolvida em crimes sempre que houver uma mudança no poder político."
O tribunal considerou Lee culpado de suborno, apropriação indébita e ocultação de receitas criminais no valor de cerca de 8,6 bilhões de Won (US $ 7,8 milhões).
Embora os promotores tenham pedido ao juiz uma pena de prisão de nove anos, o tribunal concedeu uma pena de prisão de dois anos e meio para Lee, concluindo que um novo julgamento era o último passo em um longo processo legal que estava pendente há anos.
"Lee mostrou disposição para a gestão com conformidade recentemente mais forte, já que prometeu criar uma empresa transparente", disse o Juiz Presidente Jeong Jun-yeong.
"Apesar de algumas deficiências... Espero que, com o tempo, isso seja avaliado como um marco na história das empresas coreanas como um início de ética de conformidade para um salto maior", disse ele.
A Suprema Corte de Seul também duvidou da eficácia do comitê de conformidade da Samsung e disse que não era um fator durante seu processo de tomada de decisão.
A equipe de defesa de Lee expressou desapontamento com a decisão do tribunal.
"A natureza deste caso é o abuso de poder do ex-presidente, violando a liberdade corporativa e os direitos de propriedade. Dada essa natureza, a decisão do tribunal é lamentável", disse o advogado de Lee, Lee In-jae, a repórteres.
A defesa de Lee ainda recorrer sobre a decisão ao Supremo Tribunal dentro de sete dias. No entanto tudo indica que isso não irá ocorrer, já que Lee aceitou o veredito.
Fonte: G1
