Ubisoft adquiri direitos de streaming em nuvem da Activision

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A Ubisoft surpreende ao assumir o controle dos direitos de streaming em nuvem da Activision, marcando um movimento estratégico após a controvérsia da Microsoft com o órgão regulador CMA do Reino Unido.

O CMA havia vetado a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft. Diante dessa situação, a Microsoft optou por vender parte dos direitos de streaming em nuvem, encontrando um interessado comprador na Ubisoft, evitando assim uma batalha legal demorada e incerta.

Em uma recente entrevista ao Financial Times, o CEO Yves Guillemot compartilhou a motivação por trás desse acordo. Ele comparou a evolução da indústria de videogames à trajetória da Netflix no mercado de streaming.

Guillemot expressou a crença de que nos próximos cinco a 10 anos, muitos jogos serão transmitidos e produzidos na nuvem.

Quando a Netflix anunciou pela primeira vez que iria para o streaming, suas ações caíram muito e eles foram amplamente criticados. Hoje, vemos o que eles se tornaram. Será o mesmo com os videogames, mas levará tempo. Mas quando decolar, acontecerá muito rapidamente. Acreditamos fortemente que nos próximos cinco a 10 anos muitos jogos serão transmitidos e também produzidos na nuvem. Foi isso que nos levou a avançar com o acordo com a Microsoft.

Além disso, ele destacou que os países em desenvolvimento poderiam adotar essa tecnologia mais rapidamente, abrindo novas oportunidades em regiões pouco envolvidas no mercado de consoles.

Os países que necessitam de progredir muito rapidamente recorrem frequentemente a novas tecnologias e ignoram métodos antigos de sistemas antigos. Portanto, acreditamos que essas regiões migrarão mais rapidamente para o streaming e a nuvem do que outras.

Esse acordo impulsionou as ações da Ubisoft, mesmo ainda não tendo alcançado os patamares históricos da empresa devido a desafios recentes, como atrasos e cancelamentos de jogos.

Guillemot também mencionou que o conselho está aberto a propostas, inclusive da Tencent, empresa que já investiu significativamente na Ubisoft.

Contudo, os termos do acordo com a CMA restringem a aquisição da Ubisoft pela Microsoft pelos próximos quinze anos. Essa movimentação estratégica marca um passo significativo no cenário competitivo da indústria de videogames e promete moldar o futuro do setor.