A Uber está divulgando um novo aplicativo que irá associar trabalhadores autônomos a empregadores em situações de dificuldades com sua atividade principal, o transporte de passageiros.
O aplicativo permitirá que as pessoas que fornecem serviços nos setores de limpeza, bares e depósitos sem vínculo empregatício verifiquem pagamentos e planejem trabalhos.
O novo aplicativo foi apresentado recentemente e inicialmente estará disponível apenas em Chicago (EUA). O Uber Works, irá competir com os demais apps que já circulam nos EUA, como por exemplo Wonolo, o Workpop e o Shiftgig.
A divulgação do aplicativo ocorre em um momento onde vários países enrijecem as restrições para que possam ser realizadas operações de aplicativos de transporte de passageiros.
Recentemente, a Califórnia aprovou leis que abrem meios para que trabalhadores de aplicativos se transformem em empregados e passe a ganhar direitos trabalhistas, o que por outro lado, deverá aumentar os custos de empresas como a Uber.
O lançamento também ocorre em um momento onde os investidores se questionam se o modelo de negócio da empresa é rentável. Pois, assim como diversas companhias que chegam a valer bilhões, como a Tesla e o Spotify, a Uber não dá lucro.
Há também alguns temores quando voltados para a desaceleração da economia global, e a probabilidade presente de uma recessão nos Estados Unidos a médio prazo.
Há também a perda de valor das ações da Uber desde que a empresa abriu seu capital em maio deste ano, a empresa teve poucas vezes queda no preço de suas ações, considerando apenas a ocasião de oferta inicial.
Este ano, a Uber vem enfrentando vários desafios, desde problemas com regulamentação do aplicativo em vários países, como o peso da reputação do aplicativo diante de escândalos internos como denúncias de assédio sexual por funcionários.
Além disso, a também o aumento da concorrência e o debate sobre a "uberização" do mercado de trabalho e a tendência global do crescimento da atuação de autônomos, com pouco acesso a diretos trabalhistas.