Teste revela força e fraquezas da CPU Intel Core Ultra 7 265K

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A CPU Intel Core Ultra 7 265K é uma das grandes apostas da Intel, trazendo melhorias no desempenho dos caches L1 e L3 em comparação aos modelos anteriores. No entanto, o cache L2 ainda deixa a desejar, de acordo com os primeiros testes de benchmark.

Esses resultados mistos apareceram no AIDA64, onde a CPU foi submetida a diversos testes de latência de memória e cache, revelando detalhes importantes sobre seu desempenho.

Apesar de já termos visto benchmarks de outros processadores da linha Arrow Lake no Geekbench, os testes recentes do AIDA64 trazem uma visão mais aprofundada sobre o Intel Core Ultra 7 265K.

Uma possível explicação para esses resultados inconsistentes pode ser a otimização ainda não finalizada ou o uso de amostras iniciais de engenharia.

De qualquer forma, há melhorias notáveis no desempenho dos caches L1 e L3, o que é um ponto positivo para o processador.

A conta @9550pro no Twitter compartilhou uma imagem dos resultados do AIDA64 Cache & Memory Benchmark, que mostra o Intel Core Ultra 7 265K emparelhado com um kit de RAM DDR5 de 6400 MT/s e temporizações CL 32-40-40-80.

AIDA64 Intel Core Ultra 7 265K
Crédito da imagem: @9950pro

Nos resultados, a latência da memória foi registrada em 75,8ns, o que é consideravelmente alto e sugere que o controlador de memória integrado (IMC) ainda precisa de ajustes.

Quando comparado com os chips Raptor Lake em condições similares, a latência desses modelos é geralmente menor, o que indica que o Core Ultra 7 265K não está se comunicando tão rápido quanto o esperado.

Em relação ao desempenho dos caches, os resultados mostraram números impressionantes para o L1 e o L3. No cache L1, o processador alcançou 5032,1 GB/s de leitura, 3508,0 GB/s de gravação e 7265,1 GB/s de cópia.

Já no cache L3, os números foram 2222,4 GB/s de leitura, 1247,8 GB/s de gravação e 988,79 GB/s de cópia. Esses resultados são superiores aos de seus predecessores, mostrando que a Intel realmente conseguiu melhorar o desempenho nessas áreas.

Por outro lado, o cache L2 apresentou desempenho inferior em comparação aos chips Raptor Lake, o que é um ponto de preocupação.

Mesmo com uma latência razoável, o desempenho geral foi abaixo do esperado, indicando possíveis problemas de otimização.

Isso pode estar relacionado às velocidades de clock mais baixas do Ring Bus, a arquitetura usada pela Intel para conectar núcleos, caches e outros componentes internos da CPU.

Velocidades mais lentas do Ring Bus podem impactar diretamente a latência do cache, o que pode explicar os números mais altos de latência observados.

Além disso, a versão do BIOS utilizada nos testes também pode estar influenciando os resultados. Por se tratar de uma versão inicial, ainda há espaço para melhorias de software, o que pode corrigir parte dos problemas de desempenho do cache L2.

Com o lançamento oficial do processador, é esperado que essas questões sejam solucionadas, oferecendo um desempenho mais consistente.

O Intel Core Ultra 7 265K vem para substituir os populares Core i7 13700K e 14700K e traz uma configuração robusta com 20 núcleos (8 de performance e 12 de eficiência).

As velocidades de clock também são bastante atraentes, com núcleos de performance (P-cores) operando a 3,9 GHz base e até 5,5 GHz em boost, enquanto os núcleos de eficiência (E-cores) vão de 3,3 GHz base até 4,6 GHz em boost.

Recentemente, esse processador apareceu no benchmark CPU-Z, onde demonstrou um desempenho single-core superior ao do Ryzen 9950X, reforçando sua capacidade de competir no mercado de alto desempenho.