O fiscal de comunicações russo, Roskomnadzor, deu na segunda-feira (24) o prazo de 24 horas ao Google para excluir o conteúdo proibido e ilegal ou enfrentará penalidades por "filtragem insuficiente".
O descumprimento da ordem pode gerar uma multa para o Google entre 800.000 rublos e 4 milhões de rublos, cerca de US $ 10.800 à US $ 54.000.
Além disso, uma multa de até 10% da receita anual total da empresa seria cobrada por crimes repetidos, se não restringir o acesso as informações proibidas.
A gigante das buscas também pode enfrentar uma possível desaceleração punitiva de seu tráfego online no país.
A mudança ocorre no momento em que a Rússia busca conter os gigantes ocidentais da tecnologia e fortalecer o que eles chamam de "soberania" da Internet.
De acordo com Roskomnadzor, mais de 26 mil notificações foram enviadas à administração do Google para excluir informações ilegais, incluindo sites de organizações terroristas e extremistas, sites com imagens pornográficas de menores e lojas online de venda de drogas.
No entanto, o Google não conseguiu remover de 20% a 30% dos links para conteúdo que são proibidos na Rússia.
"Esta censura da mídia russa e o apoio direcionado a atividades ilegais de protesto na verdade falam da coloração política das atividades do Google na Rússia", disse Roskomnadzor em um comunicado à agência de notícias estatal TASS.
"O Google não está cumprindo totalmente com sua obrigação de excluir de seus resultados de pesquisa na Rússia links para sites da Internet com informações proibidas em nosso país.", acrescentou.
Em outra declaração, Roskomnadzor afirmou ter enviado uma carta ao Google para desbloquear os vídeos do YouTube postados por veículos de comunicação russos, incluindo RT e Sputnik.
"Essa censura da mídia russa e o apoio direcionado a atividades ilegais de protesto na verdade falam da coloração política das atividades do Google na Rússia", disse Roskomnadzor.
O pedido de Roskomnadzor veio logo depois que o Google entrou com uma ação no Tribunal de Arbitragem de Moscou contra o fiscal pela remoção de 12 links do YouTube para "conteúdo ilegal", que envolvia encorajar menores a comparecer a protestos não autorizados no país.
A Rússia já havia feito um pedido precido ao Twitter, que obedeceu e removeu 91% das informações proibidas em disputa. O Google Rússia ainda não comentou sobre o caso.
Via: Tass