A corporação espacial estatal Roscosmos da Rússia anunciou que o país não venderá mais motores de foguete para os Estados Unidos como resposta às sanções globais.
No entanto, a maioria dos lançamentos de foguetes norte americanos não deve ser afetados, mas pode mudar a forma como algumas cargas são enviadas para a Estação Espacial Internacional.
A nova política que interrompe a entrega de motores de foguete aos EUA foi anunciada pelo chefe da Roscosmos, Dmitry Rogozin, em entrevista ao canal de TV Rossiya 24.
"Hoje tomamos a decisão de interromper as entregas de motores de foguete produzidos pela NPO Energomash para os Estados Unidos", disse Rogozin em entrevista.
Rogozin ainda observou que essas entregas aos EUA se tornaram bastante intensas desde meados da década de 1990 e fez o seguinte comentário: "Deixe-os voar em outra coisa, suas vassouras, não sei o quê".
A decisão pode afetar duas grandes empresas fornecedoras de lançamentos para a NASA e o Departamento de Defesa dos EUA, a United Launch Alliance (ULA) e a Northrop Grumman (NG).
Ambas as empresas utilizam motores de foguete russos fabricados pela NPO Energomash para levar seus veículos a Estação Espacial Internacional (ISS) para a NASA.
A ULA afirma que já possui todos os motores necessários para seus foguetes e está realizando uma transição para um novo veículo com motor fabricado nos EUA.
Mas, para a Northrop Grumman, a decisão pode se tornar um problema, já que a empresa não tem um plano de emergência e isso pode pausar voos futuros de seus veículos.
Não podemos esquecer de que a NASA tem outras opções para chegar à ISS, já que a agência espacial conta com a SpaceX, um grande parceiro comercial com quem mantém vários contratos.
Todo o hardware da SpaceX é fabricado nos Estados Unidos, tornando a empresa relativamente imune a sanções e ameaças da Rússia que devem ser contínuas nos próximos meses ou anos.
Via: The Verge