Reino Unido aprova primeira pílula para tratamento da Covid-19

Imagem de: Reino Unido aprova primeira pílula para tratamento da Covid-19

A pílula antiviral para tratamento da Covid-19 já está disponível e a Grã-Bretanha foi o primeiro país a autorizar seu uso em pacientes, nesta quinta-feira (4).

O medicamento, conhecido como Molnupiravir e vendido pela empresa farmacêutica Merck, foi apresentado em um ensaio clínico e promete reduzir pela metade o risco de hospitalização e morte em pacientes infectados pelo Covid-19.

Segundo a Merck, a pílula pode ser usada para tratar pacientes de alto risco infectados pelo vírus da Covid-19 reduzindo as chances da doença se agravar.

Além disso, esse medicamento pode ser usado em casa e deve atingir muito mais pessoas do que tratamentos com anticorpos monoclonais, que normalmente são administrados por via intravenosa em um hospital ou clínica.

A Grã-Bretanha, já encomendou suprimentos da pílula para cerca de 480 mil pessoas, após isso, a lista de países ricos que tem interesse na droga, só aumenta.

Na semana passada, a Merck disse que fechou acordos para fornecer as pílulas aos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Coréia do Sul, Sérvia e Cingapura.

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde britânica (MHRA), recomendou dar o medicamento às pessoas que testaram positivo para o coronavírus o mais rápido possível e dentro de cinco dias do início dos sintomas.

A MHRA autorizou o medicamento para vacinados e não vacinados com pelo menos um destes perfil: ter mais de 60 anos ou obesidade que os colocaria no grupo de risco.

O tratamento completo é realizado com 40 pílulas anti-covid que o paciente deve tomar em até cinco dias. Após isso, o paciente deve estar completamente curado da doença ou apresentar uma melhora significativa.

A Grã-Bretanha registra uma média de quase 40 mil casos de vírus por dia, embora recentemente tenha visto um ligeiro declínio no número de casos positivos.

Até agora, 75% da população da Grã-Bretanha recebeu pelo menos uma dose de uma vacina contra o coronavírus, enquanto 68% foram totalmente vacinados, de acordo com o New York Times.

O secretário de saúde britânico, Sajid Javid, descreveu a autorização da pílula Merck como um "dia histórico" para o país.

"Isso será uma virada de jogo para os mais vulneráveis ​​e imunossuprimidos, que logo poderão receber o tratamento inovador", disse Sajid Javid.

Via: New York Times