A OpenAI lançou oficialmente a ferramenta de IA Sora. Essa ferramenta chegou para mudar a forma como os vídeos são criados, permitindo que qualquer pessoa gere clipes em alta definição a partir de descrições textuais.
Similar ao funcionamento do DALL-E, também da OpenAI, o Sora traz a magia da IA generativa para o universo audiovisual.
Com essa ferramenta, é possível criar cenas do zero, transformar imagens estáticas em vídeos dinâmicos e até mesmo estender ou preencher lacunas em vídeos existentes.
A versatilidade é uma de suas maiores apostas. Durante uma transmissão ao vivo no YouTube, executivos da OpenAI demonstraram recursos como o "Blend", que combina duas cenas de maneira harmoniosa, e uma opção para repetir vídeos indefinidamente.
O Sora está sendo lançado inicialmente nos EUA e outros países ao redor do mundo. Porém, a OpenAI ainda não definiu uma data para disponibilizá-lo em territórios como a Europa e o Reino Unido.
Um ponto positivo é que os usuários não precisarão pagar a mais pela ferramenta, que será incluída nos planos ChatGPT Plus e Pro existentes.
Antes de seu lançamento, o Sora estava disponível apenas para um grupo restrito de testadores conhecidos como "red-teamers".
Esses especialistas avaliaram a ferramenta para identificar vulnerabilidades relacionadas à desinformação, preconceitos e outros riscos.
Durante o desenvolvimento, a OpenAI enfrentou questionamentos sobre atrasos no lançamento, atribuídos à complexidade da tecnologia e à preocupação com a segurança.
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Rohan Sahai, líder de produto do Sora, disse que a empresa busca equilibrar expressão criativa e prevenção contra usos indevidos.
"Temos um grande alvo nas costas como OpenAI, mas queremos permitir a criatividade com responsabilidade", afirmou durante a transmissão.
Concorrência no mercado de IA generativa
O lançamento do Sora coloca a OpenAI em competição direta com gigantes como Google e Meta, que também têm investido pesado em ferramentas de vídeo baseadas em IA.
Por exemplo, o Lumiere, da Meta, e o Create with Alexa, da Amazon, são soluções voltadas para criação de vídeos. Startups como a Stability AI também tem alternativas, como o Stable Video Diffusion.
A OpenAI, apoiada por empresas como Microsoft e Amazon, está apostando em sua expertise multimodal — a combinação de texto, imagem e vídeo — para conquistar uma fatia maior do mercado de IA generativa.
De acordo com previsões da Bloomberg, esse mercado pode atingir a marca de US$ 1,3 trilhão em receita até 2032, isso é claro, desperta o interesse de qualquer bug tech.
Controvérsias e críticas
Apesar do entusiasmo, o Sora não escapou de polêmicas. Alguns artistas que participaram do programa de acesso antecipado criticaram a OpenAI por falta de transparência e apoio ao setor artístico.
Em uma carta aberta, eles acusaram a empresa de explorar o trabalho não remunerado de centenas de colaboradores para testes e feedbacks, enquanto apenas poucos seriam recompensados em iniciativas de marketing.
A OpenAI respondeu afirmando que a participação no programa era voluntária e que está comprometida em apoiar artistas com acesso gratuito à ferramenta, subsídios e eventos.
O impacto do Sora na indústria do entretenimento
A introdução do Sora abre novas possibilidades para criadores de conteúdo, cineastas independentes e profissionais de marketing.
Ferramentas como essa podem democratizar a produção de vídeos de alta qualidade, tornando-a mais acessível a pequenos criadores. Porém, as preocupações com deepfakes e desinformação são questões importantes.
Segundo dados da Clarity, empresa de aprendizado de máquina, a produção de deepfakes aumentou 900% nos últimos anos, indicando a necessidade de salvaguardas eficazes para evitar usos indevidos.